RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) analisa nesta quinta-feira (12) um agravo regimental protocolado pela defesa do ex-diretor da EIG Mercados, Valter José Kobori, a fim de revogar sua prisão preventiva por medidas cautelares.
O recurso estava na pauta da última sessão do Pleno, mas foi adiado após o desembargador José Zuquim Nogueira ter acatado o pedido feito pela defesa de Kobori.
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O ex-diretor está preso desde o dia 9 de maio após a deflagração da Operação Bônus, relativa a segunda fase da Bereré. A investigação apura esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina, por meio de contrato da empresa EIG Mercados e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), de quase R$ 30 milhões, entre os anos de 2009 a 2015.
Em depoimento, o dono da EIG, José Ferreira, afirmou que autorizou Kobori a negociar o pagamento da propina com o governo de Pedro Taques (PSDB) a fim de manter o contrato firmado entre sua empresa e o Detran, durante a gestão do ex-governador Silva Barbosa.
O ex-diretor havia dito que já havia combinado a manutenção do contrato com o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, antes do resultado das eleições de 2014.
Derrotas
O ex-diretor já teve dois pedidos de liberdade negados pela Justiça. Em maio, o desembargador Zuquim, indeferiu o pedido alegando que "a peculiar natureza dos crimes e o modo em que se desenvolve a atividade, por si sós, não autorizam a revogação da prisão preventiva".
Em junho, a ministra da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, também negou o pedido de habeas corpus.
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