FRANCISCO BORGES
DA REPORTAGEM
Com os pedidos de prisão domiciliar e fiança de R$ 192 mil negados pela juíza Selma Rosane de Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, na tarde desta terça-feira (14), o advogado Francisco Faiad, preso nesta manhã, deixou a audiência de custódia reclamando à imprensa que considera sua prisão e a deflagração da 5ª fase da Operação Sodoma como um absurdo.
“Totalmente desnecessária, abusiva pelo fato de colocar um advogado atuante atrás das grades (...) Eles estão tentando continuar com a Sodoma sem ter provas”, declarou Faiad.
“Totalmente desnecessária, abusiva pelo fato de colocar um advogado atuante atrás das grades (...) Eles estão tentando continuar com a Sodoma sem ter provas”, declarou Faiad.
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O advogado argumentou que a operação seria uma ação política pelo fato do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgar nesta data um pedido de habeas corpus da defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que se aceito pode anular a todos os atos da Operação Sodoma.
Os advogados de defesa de Faiad ainda tentaram o relaxamento da prisão com possibilidades de ser transformada em domiciliar com base na doença de diabetes que o acusado sofre. Ele precisaria de medicamentos controlados e cuidados médicos, além de alimentação balançeada.
Porém, a magistrada entendeu que o fato de o acusado estar custodiado em uma cela de uma unidade prisional não impede o tratamento e nem o recebimento de medicamentos controlados e alimentação, uma vez que não se trata de acompanhamento médico direto e sim clínico sobre a patologia desenvolvida por Faiad.
Faiad, que foi secretário de Administração do Governo do Estado de 2012 a 2013, foi preso na 5ª fase da Operação Sodoma por ser acusado de autorizar a continuidade no pagamento de propina pela empresa Marmeleiro Auto Posto naquela pasta, esquema em que ele mesmo teria sido beneficiário e que teria pago R$ 1,7 milhão de dívidas da campanha à Prefeitura de Cuiabá, em 2012 na qual ele disputou o cargo de vice-prefeito, junto a Lúdio Cabral (PT), que tentava ser prefeito.
A juíza Selma Arruda negou a fiança alegando que o Ministério Público ainda não apontou exatamente qual seria o prejuízo que Faiad causou ao erário e por isso decretou o bloqueio das contas física e jurídica do advogado.
Outro argumento da magistrada foi de que Faiad é advogado de figuras envolvidas no processo e seria impossível mantê-lo longe de informações a respeito.
A seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tentou a permissão para que Faiad ficasse detido no batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, mas o pedido foi negado pela juíza que declarou que no Centro de Custódia da Capital foi construído um espaço que é considerado uma sala de estado maior, que à qual presos com prerrogativa, como advogados, são destinados. Neste mesmo espaço ficou recolhido o desembargador Evandro Stábile.
Faiad foi levado para o exame de corpo de delito e posteriormente para o CCC, anexo ao presídio do Carumbé onde cumprirá a prisão preventiva.
Paulo 15/02/2017
Fato no mínimo contraditório... o acusado Alexander diabético e o encontro todos os dias de jogo do time pelo qual ele torce num bar e o vejo totalmente alcolizado. Que diabetes é está? Vai mofar na cadeia seu canalha.
Renato 15/02/2017
Cale a boca Metelo Jr. Se fosse brilhante não estaria envolvido nessa operação que desviou milhões do erário.
Metelojr 14/02/2017
Injusta a prisão e muito sem respeito ao próprio colega da área. Faiad é um brilhante advogado, respeitoso, não trata mal ninguém. E pode até ser de cunho político, só para querer aparecer.
3 comentários