RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Os deputados estaduais Dilmar Dal Bosco (DEM) e Pedro Satélite (PSD) negaram, na tarde desta quarta-feira (25), que tenham participado de supostas fraudes no sistema de transporte intermunicipal do Estado que causou prejuízo de R$ 6 milhões aos cofres do Governo investigadas pela Operação Rota Final, deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz).
Segundo informações extraoficiais, já que as investigações correm em segredo de Justiça, os nomes dos parlamentares aparecem como suspeitos beneficiários do esquema. Entre os citados estariam ainda, o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, e o ex-presidente da Ager (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos), Eduardo Moura.
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Por meio de nota, o deputado Dilmar Dal Bosco afirmou que atuou “na Comissão Especial dos Transportes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, criada para investigar possíveis irregularidades praticadas pelo governo Silval Barbosa, durante a licitação do Transporte Intermunicipal de Passageiros. Existindo, inclusive, indícios de fraude na contratação da empresa responsável pelo estudo técnico”.
“No sentido de corrigir essa discrepância apontada pela malfadada licitação é que trabalhamos para que o atual Governo pudesse resolver de forma definitiva o problema que já se arrasta por mais de uma década. Nunca atuei em benefício de qualquer empresa do setor privado mato-grossense, sendo a melhoria do transporte nosso único objetivo”, completou.
Dilmar encerra o comunicado defendendo que repudia as informações e que foi citado, além e declarar “que sempre atuei com lisura e de maneira republicana no que diz de interesse do Estado”.
O deputado Pedro Satélite disse ao que recebeu “com estranheza”, por meio da imprensa, a notícia de que foi citado nas investigações da Operação Rota Final.
Para o parlamentar, as supostas citações ao seu nome no processo devem ter ocorrido por ele ter participado da Comissão Especial de Transporte juntamente com Dal Bosco. Satélite, que à época foram apontados diversas irregularidades no processo licitário.
“Durante os trabalhos da Comissão, ouvimos a AGER, várias entidades, empresários do setor, Ministério Público, entre outros. No relatório final ficou evidenciado que o modelo escolhido para MT na gestão do governo anterior, não traria vantagens aos usuários, devido as falhas apontadas em sua elaboração. Entre elas, a exclusão de 8 municípios do sistema de transporte de passageiros, bem como, uma superestimada demanda de 8 milhões de usuários por ano, sendo que a demanda atual é de 3,5 milhões”, explicou.
A operação
A ação também teve como alvos as empresas Viação Xavante e Verde Transportes.
O advogado Paulo Fabrinny confirmou à imprensa que foi cumprido mandado de prisão temporária, contra Júlio César Sales, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário e Passageiros de Mato Grosso (Sintromat).
Também foram levados para a sede da Defaz, o empresário Éder Augusto Pinheiro, dono da empresa Verde Transportes e o diretor administrativo e financeiro da empresa, Max Willian de Barros Lima.
benedito costa 26/04/2018
Será qual Deputado ou Deputada da assembléia que está ileso de envolvimento com alguma coisa ilegal.
antunes Silva 25/04/2018
Não é não, foram citados porque são ladrões. Roubaram do erário
2 comentários