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Cuiabá, 18 de Maio de 2024
18 de Maio de 2024

05 de Abril de 2024, 13h:16 - A | A

PODERES / PACOTE ANTICRIME

Buzetti afirma que leis atuais não servem para punir bandidos: "Nossa legislação é um convite ao crime"

Senadora é autora de projeto que muda uma série de dispositivos legais para tornar punições mais rigorosas a criminosos.

APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO



A senadora Margareth Buzetti (PSD) cobra que o Congresso aprove o seu pacote anticrime, que tem como objetivo mudar uma série de dispositivos legais com vistas a tornar as penas para crimes violentos mais duras.

Entre as propostas, o projeto prevê que lideranças de organizações criminosas cumpram pelo menos 75% da pena em regime totalmente fechado antes de terem direito à progressão, além de dobrar o tempo de internação para menores que cometem crimes violentos.

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Outra proposta é acabar com o regime semiaberto e, ainda, permitir que os Estados e o Distrito Federal possam legislar sobre assuntos penais e processuais.

“A ideia é que um líder de facção, por exemplo, tenha que cumprir 75% da pena para começar a progredir. Que ele perca vários privilégios, que ele não tenha direito à visita íntima, porque senão o cara fica mandando no crime de dentro da cadeia. Hoje, sinceramente, a nossa legislação é um convite ao crime. Ela não pune ninguém”, disse a senadora na segunda-feira (02).

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Buzetti reforçou, contudo, que a mudança na legislação precisa vir acompanhada de uma mudança cultural na sociedade. Citando como exemplo os crimes de violência contra mulheres, defendeu que as famílias e as unidades de ensino sejam mobilizadas para ensinar às crianças que elas não podem reproduzir esse tipo de atitude.

“Se ela (a criança) vê o pai espancando a mãe, maltratando a mãe, para ela isso é natural. E não é. É isso que a gente tem que mostrar para a criança, que isso está errado”, afirmou.

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“Quando eu era criança eu tinha medo do meu pai, que era um alemão de 1,98 metro, tinha uma mão desse tamanho. Mas depois o meu medo se tornou respeito porque ele me ensinou que eu não podia fazer as coisas erradas porque eu seria punida, sim. Ou por ele ou pela Justiça. Hoje quem cumpre as leis e cumpre a Justiça, parece que a gente é chamado de bobo. E está errado. Nós temos que realmente punir quem está errado, quem comete o crime”, concluiu.

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