RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT
A base de sustentação do prefeito Emanuel Pinheiro esvaziou o plenário da Câmara de Cuiabá na manhã desta quinta-feira (16), evitando o quórum necessário para a realização da sessão ordinária. A estratégia impediu que os parlamentares da oposição pudessem comentar a decisão judicial que suspendeu os trabalhos da Comissão Processante contra o prefeito. A sessão foi encerrada.
O silêncio forçado gerou revolta. A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) afirma que foi uma forma de calar a sociedade. "Quem está querendo segurar o plenário? Estamos cansados de sermos os únicos aqui a estarem para debater e para nos colocar como voz da população. Hoje é um dia importantíssimo para falarmos sobre a suspensão da comissão processante. É um desrespeito com a população e não só com a oposição", afirmou a parlamentar.
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As críticas foi reforçada pelo vereador Dilemário Alencar (União). "A gente é cobrado pela população nas ruas. Quem quer trabalhar na Câmara está sendo impedido. Os vereadores ganham bem, tem salário poupudo o vereador e tem duas sessões na semana e mesmo assim os vereadores não vem a maioria? Para quê? Para facilitar a vida do prefeito Emanuel Pinheiro? Querem evitar o debate", questionou.
Em protesto contra a decisão da justiça, os vereadores Demilson Nogueira (PP) e Sargento Joelson (PSB), Dilemário, Luiz Fernando (União Brasil) e Eduardo Magalhães (Republicanos) utilizaram nariz de palhaço. Segundo Demilson, o adereço representa como se sente a população cuiabana.
"São os atos que alguns deuses têm praticado em desfavor da sociedade cuiabana que resultou a achar que todos nós da sociedade cuiabana somos palhaços. Nós não somos, mas estamos com cara de palhaços".
Em contraponto, o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) pontuou que a decisão judicial deve ser cumprida. Ressaltou o direito da Câmara de investigar o prefeito, mas que o processo seja dentro da legalidade.
"Eu tenho dito nesta Casa que foi uma Comissão Processante baseada em um documento que já foi cassado e não existia mais na ordem jurídica. O prefeito entrou com seu direito de defesa e o juiz definiu que estava irregular. Da forma que estava não devia continuar".
"Eu não me sinto palhaço nessa Casa. Realmente, essa Casa às vezes parece um circo, mas a Câmara está procurando trabalhar para mudar essa imagem", completou o vereador, que faz parte da base. Para ele, a Comissão não agiu de forma isenta e já tinha a pretensão de "sangrar e condenar" o prefeito, que é acusado de praticar infrações político-administrativas.
Emanuel é acusado de chefiar uma organização criminosa que teria se instalado na Secretaria de Saúde para contratar empresas fantasmas e pagar por serviços que não eram prestados, surrupiando assim os cofres da Prefeitura. Além disso, ainda pesou contra o prefeito, na criação da comissão processante, as 19 operações policiais enfrentadas pela sua gestão ao longo dos anos. Sem falar do fator "ano eleitoral", em que os vereadores se veem cobrados pela sociedade a dar algum tipo de resposta a esse histórico.
BENEDITO C S MATOS 16/05/2024
AINDA ACHA VEREADOR PARA PUXAR SACO DE UM PREFEITO COMO ESSE EMANUEL QUE ESTA ACABANDO COM A NOSSA CAPITAL VERGONHA O POOVO NAO VOTA MAIS NESSES SAFADOS TANTO PREFEITO COMO VEREADORES
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