facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 04 de Agosto de 2025
04 de Agosto de 2025

06 de Setembro de 2017, 16h:33 - A | A

PODERES / ESQUEMA COM A CARAMURU

Agente da Sefaz paga fiança e deixa a prisão

Apontado como líder do esquema que lesou os cofres públicos em R$ 65 milhões, André Fantoni teve fiança estipulada em quatro parcelas de R$ 109 mil.

DA REDAÇÃO



O agente de tributos da Secretaria Estadual de Fazenda, André Neves Fantoni pagou a primeira das quatro parcelas da fiança de R$ 437 mil e deve deixar a prisão ainda nesta quarta-feira (6).

O parcelamento da fiança em quatro vezes de R$ 109 mil foi estipulado, na terça-feira (6), pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Fantoni está preso desde maio, no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), acusado de receber propina para reduzir uma multa aplicada a empresa Caramuru Alimentos, de R$ 65 milhões para R$ 317 mil. 

A fiança, inicialmente, foi arbitrada em R$ 1,3 milhão. O servidor da Sefaz, no entanto, disse que não tinha condições de pagar. A Primeira Câmara Criminal abaixou o valor para R$ 655 mil e, em seguida, diante da negativa de Fantoni, para R$ 437 mil.

André Fantoni é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ser o líder de uma organização criminosa composta por servidores da Sefaz e advogados para fraudar processos administrativos tributários, reduzindo valores de autos de infrações aplicados contra empresas e, em troca, receber propinas milionárias.

O caso veio à tona com a Operação Zaqueus, com o caso da Caramuru Alimentos S/A, que teria pago R$ 1,8 milhão em propina para ter reduzido um auto de infração de R$ 65 milhões para R$ 315 mil, no ano de 2014. Também são réus por acusação de fazer parte do esquema os também agentes de tributos Alfredo Menezes de Mattos Júnior e Farley Coelho Moutinho.

 

O primeiro deixou a prisão após pagar fiança de R$ 200 mil e Farley obteve a liberdade sem necessidade de fiança, já que o desembargador Orlando Perri, relator do caso, acredita que ele tenha sido usado no esquema sem ter conhecimento da trama criminosa.

Comente esta notícia