FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O prefeito Abilio Brunini (PL) criticou mais uma vez o contrato entre a Prefeitura de Cuiabá e a CS Mobi, que é resultado de uma parceria firmada na gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). A empresa irá receber cerca de R$ 650 milhões, ao longo de 30 anos, para executar obras no Centro da capital e administrar o estacionamento rotativo.
“Esse contrato é muito a favor da empresa. Me surpreende o Emanuel defendendo tanto, a gente está em uma situação muito delicada, porque o rompimento do contrato também trará um prejuízo muito grande ao município. Eu lamento pelo que foi feito na gestão anterior”, disse Abilio à imprensa.
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"A gente vai ter que achar um jeito de minimizar os danos, mas, infelizmente, essa é a realidade"
“A gente vai ter que achar um jeito de minimizar os danos, mas, infelizmente, essa é a realidade”, completou.
Além de operar o estacionamento rotativo, a empresa é responsável pela construção do novo mercado municipal Miguel Sutil, por realizar obras de requalificação de calçadas e dos calçadões da Antônio Maria e Antônio João, bem como por modernizar o mobiliário urbano.
Na tarde da segunda-feira (7), o Emanuel foi convocado pela CPI da CS Mobi, na Câmara de Cuiabá.
Durante o depoimento do ex-prefeito, vereadores apontaram que a Prefeitura poderá pagar até R$ 650 milhões para a empresa, por uma obra que custaria R$ 144 milhões.
Já sobre o estacionamento rotativo, Abilio voltou a destacar que o sistema é inviável, pois o contrato prevê que a Prefeitura pague pelas vagas, mesmo sem estarem ocupadas.
“Só para deixar claro, as vagas de estacionamento são pagas pela Prefeitura, usadas ou não. Se ninguém estacionar na vaga de estacionamento, a Prefeitura ainda tem que pagar por ela. Se alguém estacionar na vaga, ela ajuda a abater parte do custo. Mas, se ninguém estacionar, nós que pagamos”, pontuou.
“Hoje, a taxa de ocupação está entre 25% e 30%. Então, os outros 70% das vagas somos nós que pagamos e pagamos para elas ficarem ociosas”, concluiu.