DA REDAÇÃO
A juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, negou pedido do ex-servidor da Assembleia Legislativa, Francisvaldo Mendes Pacheco, para passar as festas de fim de ano em um sítio de sua propriedade, no interior de Mato Grosso. Ele é ex-chefe de gabinete do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) e cumpre medidas restritivas, após ter a prisão preventiva revogada.
Conhecido como "Dico", Franscisvaldo Pacheco teve a preventiva revogada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, no dia 15. Ele foi preso na segunda fase da Operação Ventríloquo, em 5 de outubro. É acusado pelo Gaeco de fazer parte de um esquema que desviou R$ 9,6 milhões da Assembleia, com pagamento indevido ao Banco HSBC (vendido ao Bradesco). O esquema envolve ainda vários advogados e o ex-deputado José Riva (sem partido).
Na decisão, a juíza Selma observou que Francisvaldo deve se recolher em sua casa aos sábados, domingos e feriados. Ele, inclusive, está proibido de manter contato com outros réus ou testemunhas, e é monitorado com tornozeleira eletrônica.
Veja a íntegra do despacho da juíza:
"Deliberações
Pelo MMª. Juizª foi deliberado o seguinte:
Vistos etc.
Indefiro o deslocamento do acusado aos finais de semana e feriados para o recanto do Ipê Roxo, sítio de sua propriedade, eis que deve se recolher em seu domicilio aos sábados, domingos e feriados. O recolhimento significa na casa do acusado.
Quanto ao deslocamento para a cidade de Sorriso, condiciono o deferimento a apresentação do contrato social devidamente registrado da empresa da qual diz ser sócio.
Ao pessoal do Setor de Monitoramento Eletrônico foi fornecida cópia deste termo onde consta o endereço fornecido pelo acusado, bem como das condições impostas, para inclusão no sistema de monitoração.
Saem os presentes intimados.
Encerrada às 15:30 horas.
Nada mais havendo a consignar, por mim, Guilherme Leimann - Assistente Técnico Jurídico, foi lavrado o presente termo, que vai assinado pelos presentes.
Selma Rosane Santos Arruda
Juiz(a) de Direito"