DIOGO TADEU ALVES CORRÊA
Envelhecer é um processo natural e inevitável, mas a forma como vivenciamos essa fase da vida está diretamente ligada à maneira como nos enxergamos e cuidamos de nós mesmos. A autoestima, nesse contexto, desempenha um papel central no bem-estar físico, emocional e até mesmo na longevidade. Para além da estética, cultivar uma imagem positiva de si ao longo dos anos impacta diretamente na saúde e na qualidade de vida.
Na prática clínica, é cada vez mais evidente que pacientes com autoestima elevada tendem a envelhecer de forma mais equilibrada e confiante. Sentir-se bem com o próprio corpo, com o reflexo no espelho e com as mudanças naturais da idade é tão importante quanto manter uma alimentação saudável ou praticar exercícios físicos. Afinal, o envelhecimento saudável não se resume à ausência de doenças — ele envolve viver com autonomia, vitalidade e satisfação pessoal.
A pele, como nosso maior órgão e uma das partes mais visíveis do corpo, está intimamente conectada à percepção de autoestima. Alterações como flacidez, rugas, manchas e perda de volume facial podem gerar insegurança e afetar o comportamento social e emocional de muitas pessoas. Por isso, a estética bem conduzida, aliada ao cuidado emocional, torna-se uma ferramenta poderosa na preservação da autoestima.
É fundamental entender que estética não é vaidade superficial — é autocuidado. Quando realizada com responsabilidade, ética e naturalidade, a dermatologia estética pode ajudar o paciente a se sentir mais confortável consigo mesmo, respeitando suas características individuais e promovendo um envelhecimento mais leve e positivo.
Técnicas modernas e minimamente invasivas, como bioestimuladores de colágeno, toxina botulínica, lasers e protocolos regenerativos, oferecem resultados discretos e eficazes. Eles não buscam apagar os sinais do tempo, mas harmonizar o envelhecimento, valorizando a beleza real de cada fase da vida.
Por outro lado, o trabalho do profissional de saúde estética também envolve escuta, empatia e orientação. Muitas vezes, ao invés de apenas oferecer procedimentos, é necessário resgatar a confiança, desconstruir padrões irreais e ajudar o paciente a reconectar-se com sua própria história e corpo.
Autoestima elevada tem reflexos diretos na saúde: reduz o estresse, melhora a imunidade, fortalece vínculos sociais e estimula escolhas mais saudáveis no dia a dia. Pessoas que se sentem bem consigo mesmas tendem a cuidar melhor da alimentação, dormir melhor, praticar atividade física e manter relacionamentos mais positivos.
Em um mundo que muitas vezes valoriza excessivamente a juventude, é essencial reforçar que envelhecer não é um problema a ser combatido, mas uma fase da vida que pode e deve ser vivida com plenitude. A autoestima torna-se, portanto, um pilar de sustentação emocional e física, capaz de transformar o envelhecimento em uma jornada de autoconhecimento, dignidade e bem-estar.
Diogo Tadeu Alves Corrêa é médico e atua na clínica Tez.