APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) afirmou que está convencida que a CPI da CS Mobi tem elementos suficientes para indiciar o ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) por improbidade administrativa.
Nessa segunda-feira (07), Emanuel foi ouvido na CPI sobre o contrato milionário com a empresa CS Mobi, que é responsável pelo estacionamento rotativo em Cuiabá. O contrato prevê, no decorrer de 30 anos, o pagamento de R$ 650 milhões da prefeitura à empresa. Tais valores foram defendidos por Emanuel, ao citar as contrapartidas previstas no contrato, como construção do novo Mercado Municipal e a revitalização do Centro Histórico.
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Em coletiva de imprensa, nesta terça (08), Maysa fez uma avaliação da participação de Emanuel. “Deu respostas muito vagas e deixou muito claro para nós que temos, sim, materialidade para um indiciamento por improbidade administrativa do ex-prefeito Emanuel Pinheiro não ter ouvido a Procuradoria do Município.”
“Demonstrou que não tinha conhecimento do contrato, demonstrou também que não teve preocupação em se preparar, em ler o contrato, em trazer as minutas”, acrescentou.
A vereadora também disse que o ex-prefeito chegou “todo faceiro” na Câmara municipal, mas teve momentos de “mãos trêmulas” diante dos questionamentos dos vereadores.
Emanuel foi convocado pela CPI e compareceu à oitiva com uma camiseta que tinha escrita a seguinte frase: “Quem não tem visão da casa pronta não suporta a obra”. A mensagem foi direcionada ao atual prefeito da cidade, Abilio Brunini (PL).
“Ficou muito claro também a falta de preocupação, porque ele fala que é um contrato fácil de pagar, mas não pagou as parcelas, deixou uma dívida de R$ 7 milhões e só não deixou mais dívida porque a empresa foi lá e se apropriou do dinheiro do fundo porque tinha essa atribuição dada por ele”, concluiu.
Além do pagamento mensal de R$ 650 mil feito pelo Executivo à referida empresa, a CPI da CS Mobi investiga a fiança dada pela Prefeitura em um empréstimo contratado pela CS Mobi junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). No entendimento dos vereadores que apoiam Abilio Brunini, esse segundo ponto deveria ter passado pela Câmara, o que não foi feito.