ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO
Mesmo com as obras de retaludamento do Morro do Despraiado em andamento, quatro imóveis que deveriam ser demolidos continuam em pé.
Os imóveis ainda estão habitados, e mesmo não apresentando risco para os moradores, a situação tem sido acompanhada de perto pela Defesa Civil de Cuiabá.
De acordo com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), a Defesa Civil continua no local acompanhando as obras, para garantir que a movimentação da terra do morro não coloque em risco os moradores que ainda permanecem nas casas.
A Secopa afirma que as indenizações dos quatro imóveis já foram pagas, no entanto continuam aguardando a liberação da Justiça. Os proprietários afirmaram que só deixam o local após o pagamento. Seis, dos dez proprietários, já foram indenizados. Segundo dados da Secopa, o valor das indenizações ficou em R$ 2,8 milhões.
A empresa PPO Pavimentação e Obras LTDA, responsável pela obra, manteve o morro coberto por lonas neste inicio de semana chuvoso, para garantir que a terra não encharcasse, dificultando os trabalhos no local. De acordo com a Secopa, a empresa continua as obras normalmente, mesmo durante os dias chuvosos.
O contrato com a empresa foi assinado no dia 11 de setembro, quase dois meses depois que o resultado da licitação foi publicado no Diário Oficial (24 de agosto). Pelos 60 dias de obras, a PPO vai abocanhar quase R$ 2 milhões (R$ 1.956.446,43).
Mas de acordo com a assessoria de imprensa da Secopa, o valor será pago gradualmente conforme a medição da obra, somente mediante a apresentação dos avanços das obras. De acordo com a publicação do Diário Oficial, o contrato terá 120 dias de vigência.
DESMORONAMENTO
O morro do Despraiado sofreu um desmoronamento no dia 12 de novembro, após uma forte chuva em Cuiabá. No dia 18 de novembro, o governo anunciou que as obras no local já seriam iniciadas com a construção de um muro de gabião, que permite o escoamento da água e evitar novos desmoronamentos, mas ela só está acontecendo quase um ano depois.