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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

27 de Abril de 2016, 21h:28 - A | A

OBRAS DA COPA / CPI DA COPA

Diretor do Consórcio VLT diz ter relatório que rebate KPMG e governo

A obra do VLT já consumiu mais de R$ 1 bilhão do dinheiro público e está parada desde dezembro de 2014

DA REDAÇÃO



O diretor executivo da empresa CR Almeida, Arnaldo Manoel Antunes, informou, durante oitiva à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura irregularidades nas obras da Copa do Mundo - que o consórcio VLT Cuiabá contratou uma empresa internacional, a Ernst & Young, para uma auditoria no modal. Antunes informou que a Ernst & Young formulou um relatório contrapondo à auditoria realizada pela KPMG, contratada pelo governo do estado para formular uma análise do projeto. O depoimento ocorreu na tarde desta quarta-feira (27), no auditório Milton Figueiredo.

O documento apresentado já foi protocolizado na Justiça Federal, onde corre o processo referente ao contrato entre o consórcio e o governo. Na próxima segunda-feira (2) haverá uma reunião entre as duas partes para discutir o assunto, conforme informou o deputado Oscar Bezerra (PSB), presidente da CPI.

Arnaldo Manoel se comprometeu também a encaminhar documentos referentes à obra, projetos e outros itens solicitados pelos parlamentares. Ele reforçou a tese de que o atraso nas desapropriações prejudicou o andamento das obras, assim como a ausência dos pagamentos dentro do cronograma.

Questionado pelo deputado Mauro Savi (PR) sobre por qual motivo Antunes aceitava pagamentos menores daquilo firmado pelo Estado, o executivo explicou que era o dinheiro que o governo dispunha e aceitava para poder honrar os compromissos financeiros do consórcio. Antunes justificou ainda o motivo de não ter colocado o terceiro turno de trabalho nas obras e confirmou a tese da ausência de mão de obra e impossibilidade de novas frentes de trabalho devido a não desapropriação dos imóveis do trajeto.

Savi aproveitou para reforçar que a Assembleia Legislativa defende a continuidade da obra e pediu que o consórcio seja sensível ao momento que passa o Estado. Ele reforçou o compromisso dos parlamentares na defesa para que o VLT seja implantado e não se perca o que já foi gasto. “Esta não é uma obra do consórcio, ou do governo, é do Estado”, afirmou.

Além de Antunes, foi ouvido também o engenheiro Jamir Sampaio, à época assessor especial da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), responsável por fiscalizar os contratos de execução das obras de mobilidade urbana.

Sampaio garantiu que não teve participação nas licitações e nem na elaboração dos projetos. “Minha única contribuição para elaboração do projeto foi como servidor, para obra do Morro do Despraiado”, reiterou.

A CPI da Copa havia convocado também o gerente de obras do consórcio VLT, Fernando Orsini, porém ele não compareceu. O presidente da CPI considera o depoimento dele primordial para que esta fase dos trabalhos seja encerrada e inicie-se então a convocação dos gestores superiores.

“Não vamos abrir mão de ouvir o Fernando Orsini. Acredito que seja fundamental a oitiva dele para entrar na fase final da CPI a fim de chegarmos aos figurões”, justificou Oscar Bezerra.

Sobre o que já foi apurado, o presidente Oscar Bezerra avalia que tanto o governo, quanto o consórcio foram coniventes com os atrasos e tinham consciência da necessidade dos aditivos. 

 

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