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Cuiabá, 12 de Novembro de 2024
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19 de Dezembro de 2019, 16h:51 - A | A

NACIONAL / SEU BOLSO

Preço da carne só deve estabilizar a partir de fevereiro, Ipea

Produto sofre 'choque de demanda', que deve resultar em alta nos preços até janeiro. Na sequência, Ipea espera estabilização. Com isso, inflação de alimentos tende a ser menor em 2020.

G1/ECONOMIA



O Instituto de Pesquisa Econômica (IPEA) prevê que o preço da carne para o consumidor deverá se estabilizar a partir de fevereiro do ano que vem, mas estima que ele não irá cair. Foi o que disse, nesta quinta-feira (19) o diretor de macroeconomia do órgão, José Ronaldo Souza Junior, ao apresentar as previsões econômicas para 2020.

“O preço da carne não cai, só para de subir”, afirmo o economista

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Souza Junior lembrou que a alta expressiva do preço da carne ocorreu por conta do crescimento inesperado da demanda chinesa pelo produto, que viu a oferta interna desaparecer diante de um surto de peste suína africana. Com isso, demandou o mercado brasileiro a exportar carne bovina.

“A oferta demora a reagir. Você não consegue aumentar a produção do dia para a noite. Então, houve um ajuste de preço para se aproximar do preço internacional. O preço [no mercado brasileiro] vai se acomodar, mas no nível de preço mais alto”, disse.

Em novembro, as carnes foram os principais responsáveis pela alta da inflação, que ficou em 0,51%. O produto subiu em média 8,09%, e representou quase metade da inflação oficial do mês.

Segundo o economista do Ipea, o preço da carne bovina no Brasil deve se acomodar após janeiro.

“A nossa perspectiva, avaliando todos os indicadores do setor, é que até janeiro siga tendo impacto no preço ao consumidor. No atacado já arrefeceu. A gente só não espera uma queda neste preço [para o consumidor final]”, reforçou

Com a estabilização do preço da carne, o Ipea prevê que a inflação de alimentos, que foi acelerada em novembro por conta dos impactos nas exportações do produto, deverá ser menor que a deste ano. Para o acumulado em 2019, o órgão prevê que ela fique em 4,2%, caindo para 3,76% em 2020.

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