G1
“Indignação, revolta e dor.” A declaração reflete o sentimento de Carlos Victor Marcolino, amigo do dentista João Paulo de Moraes Camilo, de 24 anos, morto após ser agredido por um desconhecido na porta de uma casa noturna no início de novembro em Ribeirão Preto (SP).
Camilo morreu no sábado (8), vítima de traumatismo craniano. Segundo testemunhas, o rapaz recebeu um forte soco no rosto após ter dito a outro jovem que não tinha cigarros. Irritado, o suspeito armou o golpe e atingiu o dentista, que caiu no chão já inconsciente e bateu a cabeça. Ele ficou internado por uma semana, mas não resistiu.
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A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. Ninguém foi preso.
Momentos depois, segundo Ana Carolina, Camilo deixou a casa noturna e se juntou aos amigos que esperavam por um táxi. Novamente, o suspeito voltou a pedir cigarros, e como ninguém da turma fumava, ele teria ficado muito nervoso. “Esse moço xingou todo mundo da nossa turma, que era um absurdo ninguém ter um cigarro. Aí ele foi em uma casa de lanches, em frente à casa noturna. No que ele voltou, ele veio pegando impulso de uns 4 metros e deu o soco no João Paulo. O soco foi forte. Ele poderia ter acertado qualquer um que estava ali. Ele descontou a raiva no primeiro que viu pela frente. O soco acertou o queixo do João Paulo, que já caiu sem consciência, desmaiado”, afirma.
Os amigos de Camilo chamaram a polícia e uma ambulância prestou socorro à vítima. Segundo Ana Carolina, o suspeito deixou o local após ter atingido o dentista, mas voltou momentos depois e negou as acusações. “O agressor negou tudo, sendo que havia várias testemunhas ali que sabiam que era ele. Ele não prestou socorro, nada”, diz.
Camilo passou por uma cirurgia, ficou internado em coma induzido por uma semana, mas não resistiu.
Ana Carolina conta que os amigos conseguiram identificar o suspeito pelas redes sociais. Ela espera que a polícia consiga prendê-lo. “Uma pessoa que dá um soco em uma pessoa desconhecida a troco de nada, ela pode ser capaz de qualquer coisa. Nós, amigos, queremos que a justiça seja feita.”
Para Marcolino, amigo da vítima há seis anos, o sentimento é de revolta. “Era uma pessoa bacana, de uma humildade incrível. Nunca arrumou confusão com ninguém. A gente viveu muito tempo em balada, ele era um cara muito tranquilo, muito da paz. Estamos muito tristes, indignados com o que aconteceu.”
Segundo amigos, dentista foi agredido na porta de casa noturna em Ribeirão (Foto: Márcio Meireles/EPTV)