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Cuiabá, 17 de Março de 2025
17 de Março de 2025

11 de Julho de 2014, 15h:04 - A | A

JUDICIÁRIO / OPERAÇÃO ARARATH

Sobre favorecimento a Taques, Janot diz que MP não escolhe quem investiga

Procuradores deverão apresentar resultados das investigações na véspera das eleições

LAICE SOUZA
DA REDAÇÃO



A força-tarefa composta por cinco procuradores da República tem mais 60 dias para concluir os trabalhos sobre a investigação da Operação Ararath. Com isso, os todos os fatos investigados deverão se tornar públicos, caso os procuradores concluam as investigações dentro do novo prazo, na reta final das eleições.

A data perto das eleições foi questionada ao procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, se não favoreceria políticos de Mato Grosso, como a exemplo do senador Pedro Taques (PST), candidato ao governo do Estado nestas eleições de outubro, que era membro da instituição, antes de se tornar político,  mas ele descartou essa possibilidade.

“O Ministério Público não escolhe quem investiga e eu não estou interferindo em processo eleitoral algum. É simples assim”, disse.

Na época em que a quinta fase da Ararath foi desencadeada, no dia 20 de maio, com a decretação da prisão de autoridades políticas como Eder Moraes (PMDB) e o deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), foi cogitado por parte dos investigados, que o Ministério Público estaria sendo utilizado para favorecer Pedro Taques.

“Esses atos todos precedem ao processo eleitoral e ao Ministério Público não é dado não apurar os fatos. Esses atos foram praticados antes e são ilícitos graves, que merece apuração”, ressaltou.

ARARATH

Em novembro de 2011 a Polícia Federal desencadeou a operação Ararath e cumpriu mandado de busca e apreensão em escritórios e residências de pessoas que supostamente estariam envolvidas em um esquema que operava um “banco clandestino”.

O banco seria comandado pelo empresário Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, que utilizava de uma factoring de sua propriedade e da rede de postos Amazônia Petróleo para, supostamente, lavar dinheiro e realizar empréstimos para políticos e empresários.

O principal operador de todo o esquema, conforme o próprio Júnior Mendonça delatou no inquérito policial, era o ex-secretário de Fazenda do Estado Eder Moraes Dias. Ele seria foi apontado como a pessoa que intermediaria os empréstimos para autoridades públicas como o governador Silval Barbosa e o senador Blairo Maggi.

Desde que foi deflagrada em 2013, dezenas de mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e a operação já está na sua quinta fase. Segundo Rodrigo Janot, os cinco procuradores da República que compõem a força tarefa que analisa os documentos tem uma sala inteira repleta de papéis e mídias para serem estudados. Somente após a análise minuciosa de casa um dos documentos é que novas ações serão desencadeadas pelo Ministério Público Federal.

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