RAFAEL SOUSA
DA REPORTAGEM
O coronel aposentado Rutemberg Ferreira, que mesmo à época sendo policial militar, tinha uma empresa de segurança privada – o que é proibido – deu detalhes de sua participação, à época em que trabalhou para Rivelino Jacques Brunini na Mundial Games – casa de jogos caça níqueis - que funcionava em um barracão na Avenida da FEB, em Várzea Grande. Segundo Rutemberg, seu trabalho era 'zelar pelo patrimônio de Rivelino'.
Cara, a cara com Arcanjo, o coronel não desmentiu sobre os supostos ‘mimos’ promovidos pelo ex-bicheiro a policiais militares.
Cara, a cara com Arcanjo, o coronel não desmentiu sobre os supostos ‘mimos’ promovidos pelo ex-bicheiro a policiais militares.
Ele contou que um dia à noite recebeu um telefonema do coronel Lepesteur (já falecido) dizendo: “preciso falar com Rivelino porque tem uma ordem pra entrar naquele barracão. Isso aconteceu porque o pessoal do Rio de Janeiro havia rompido o contrato com ele”, revela.
Questionado pela a juíza Mônica Perri porque essas pessoas do Rio de Janeiro estavam em Mato Grosso, o militar aposentado revela que “o pessoal queria montar um sistema de caça-níqueis aqui em Mato Grosso, assim, como em São Paulo, mas eles achavam que Rivelino estava roubando e por isso cancelaram o contrato”, afirma.
Ele contou que um dia à noite recebeu um telefonema do coronel Lepesteur (já falecido) dizendo: “preciso falar com Rivelino porque tem uma ordem pra entrar naquele barracão".
Ele também garantiu que nem todos os bicheiros que estavam investindo no negócio de Rivelino eram do Rio. “Tinha um pessoal que morava aqui, como por exemplo, o Felipe e o Bicudo”, respondeu sem saber explicar quem realmente são essas pessoas.
O promotor de Justiça, Vinicius Gahyva questionou se no período em que Rutemberg foi presidente da Associação dos Policiais Militares teve algum tipo de ajuda de Arcanjo ele responde: “pode ser que sim, não me lembro. Eu não sei precisar”, desconversou.
Ele também confirmou a versão da irmã do empresário morto, Raquel Brunini sobre a invasão no barracão da Mundial Games. “Isso foi em janeiro cheguei e tinha um pessoal lá. Estavam o Lepesteur com equipe dele, o pessoal do Rio, o Felipe, Bicudo e o Sandro que era segurança dele”, destacou.
O depoente disse ainda que Raquel Brunini também tinha máquinas caça níqueis junto com seu irmão.