DA REDAÇÃO
Após 64 dias, o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e da Copa do Mundo, Éder Moraes Dias, desembarcou na tarde desta quarta-feira, às 17 horas, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, no vôo 09374 da TAM. Ele estava escoltado por dois agentes e um delegado da Polícia Federal de Brasília. Eder chegou algemado, com um agasalho sobre os braços.
O ex-homem forte do governo Silval foi o último a desembarcar da aeronave e entrou numa viatura da Polícia Federal, seguindo para o Centro de Custódia do Estado (antiga Polinter), onde fica preso esperando as duas audiências de que participa na Justiça Federal.
O ex-secretário passará as noites com o mensaleiro Pedro Henry, que cumpre pena no local de 7,2 anos de cadeia. Eder deve ficar até quatro dias em Cuiabá.
A opção por um vôo comercial, ao invés de transportar o ex-secretário numa aeronave da PF se deu em razão do princípio da economicidade. Isso porque, o custo do transporte no jato da Polícia Federal gira, em cerca, de R$ 80 mil por viagem.
Éder, que está detido no Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília (DF), há dois meses, foi preso pela Operação Ararath 5 que investiga esquema de lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas.
O ex-secretário é acusado de lavagem de dinheiro público para financiamento de campanhas eleitorais, apoio a um clube de futebol e ainda compra de vaga no Tribunal de Contas do Estado.
De todos os investigados, Éder é o único que está preso. Ele foi detido no dia 20 de maio durante a quinta fase da Operação Ararath e transferido para a capital federal sob a justificativa de que ele possa interferir nos trabalhos de investigação.
Eder é réu juntamente com a esposa dele, Laura Tereza da Costa Dias, o gerente do Bic Banco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol, e ainda o ex-secretário adjunto do Tesouro Estadual, Vivaldo Lopes.