MAYARA MICHELS
DA REDAÇÃO
Cuiabá está se tornando referência de moradia e emprego para os venezuelanos, refugiados da crise política e financeira, que além de chegarem à Capital mato-grossense, por meio de ações humanitárias, passaram a migrar por conta própria. Confome apurou o , quatro refugiados que estavam em Boa Vista (RR) vieram para a capital cuiabana de bicicleta, uma viagem de 3.129 mil quilômetros.
Tanto os 70 refugiados que chegaram em abril, em avião da Força Aérea Brasileira, como os outros que vieram por conta própria, estão instalados na Pastoral do Migrante, sendo que a grande maioria continua desempregada.
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De acordo com a coordenadora da Pastoral, Eliana Vilaiano, hoje 90 pessoas estão morando na unidade. Eles são da Venezuela, Cuba e Haitianos.
“Apesar da maioria aceitar vaga de serviços gerais, alguns também têm cursos técnicos como pedreiro, pintor, cabelereiro, costureiro, mecânico, marceneiro, eletricista e operador de segurança eletrônica”, relatou a gestora da Pastoral do Migrante.
Na última semana, três famílias conseguiram emprego e deixaram a pastoral.
“Nós esperamos a pessoa receber o primeiro salário, alugar uma casa, ajudamos com os móveis e aí só depois ela deixa a astoral”, explicou Eliane.
O atendimento da pastoral é feito a partir de doações recebidas.
“Aceitamos de tudo. São dezenas de famílias que estão aqui, passam por aqui, que precisam montar uma casa. Dessas famílias, a maioria com crianças, que felizmente todas já estão matriculadas em Cuiabá”, disse.
De acordo com a gestora Marilete Giradi, servidora do Ministério do Trabalho, que está atendendo os imigrantes, todos já estão com os documentos em dia e com a carteira de trabalho.
“A pessoa interessada em contratar um deles, pode me ligar ou nos procurar na pastoral. Vamos fazer um pequeno cadastro e após o primeiro contato, colocamos a pessoa à disposição para uma entrevista com o novo patrão ou patroa”, explicou.
Sobre as vagas de empregos que eles procuram, Marilete explica que alguns têm formação superior, como administrador, psicopedagogo e agricultor.
“Apesar da maioria aceitar vaga de serviços gerais, alguns também têm cursos técnicos como pedreiro, pintor, cabelereiro, costureiro, mecânico, marceneiro, eletricista e operador de segurança eletrônica”, relatou Marilete.