KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
Um grupo de 40 garimpeiros, expulsos pela Polícia Federal, por ordem judicial, da Serra do Caldeirão em Pontes e Lacerda, migraram para uma outra serra, a cerca de 70 quilômetros, dentro do Parque Estadual de Ricardo Franco, no município de Vila Bela da Santíssima Trindade. A área é uma unidade de conservação, onde não se cogitada a atividade da mineração.
O Parque Estadual de Ricardo Franco é um dos espaços mais ricos em biodiversidade de Mato Grosso. Tem 158 mil hectares, várias cachoeiras e inclusive a maior do estado, a cachoeira do Jatobá, com seus mais de 200 metros de queda d’água.
No início da manhã desta sexta-feira, às 7 horas, uma equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), acompanhada pela Polícia Militar, se deslocou até a Serra de Ricardo Franco, para fazer a desintrusão imediata, assim como prisões por dano ambiental, apreensão de equipamentos e destruição dos mesmos, caso seja necessário.
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A Sema teve a informação de que os garimpeiros montaram quatro ou cinco acampamentos no local e estão usando equipamentos de prospecção, ou seja, que detectam metais rasos, para depois disso começar as escavações.
O coordenador de Unidades de Conservação da Sema, Alexandre Batistella, demonstrou muita preocupação. Segundo ele, se na Serra do Caldeirão, que não é uma unidade de conservação, só se pode extrair ouro mediante autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), no Parque Estadual de Ricardo Franco isso está fora de cogitação, nem perto dele é permitido. Por conta disso, a desintrusão não exige ordem judicial. Ele explica que não se trata de uma propriedade privada, mas sim um patrimônio natural.
Sema e PM foram fazer a desintrusão imediata, assim como prisões por dano ambiental, apreensão de equipamentos e destruição dos mesmos, caso seja necessário.
O Parque Estadual de Ricardo Franco é um dos espaços mais ricos em biodiversidade de Mato Grosso. Tem 158 mil hectares, várias cachoeiras e inclusive a maior do estado, a cachoeira do Jatobá, com seus mais de 200 metros de queda d’água. A área, que fica em bioma amazônico, mas tem características mistas de cerrado e campos de altitude, abriga espécies exclusivas, como algumas borboletas e de sete a 15 tipos de plantas.
O temor, conforme Batistella, é que a notícia se espalhe e a corrida do ouro se volte para esta região delicada e, segundo ele, de beleza deslumbrante.
Reprodução
Cachoeira do Jatobá, a maior do Estado.
Valdecarlos José dos Santos 13/11/2015
Maior cachoeira de Mato Grosso? Cadê as secretarias de Turismo?
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