DA REDAÇÃO
Uma fábrica clandestina de destruição de alumínio, que com condições de trabalho subumanas foi interditada pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (2), na comunidade ribeirinha denominada “Vale Verde”, em Cuiabá.
A ação é decorrente da operação Bairro Seguro, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública.
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No local as equipes encontraram grande degradação ambiental e quatro funcionários trabalhando em condições insalubres e desumanas.
Em duas caldeiras, os trabalhadores usavam óleo queimado para as chamas atingirem a altura desejável. O alumínio era jogado no fogo causando uma grande explosão e nuvens de fumaça poluente ao ar, que causam também graves riscos a saúde.
Outra situação detectada e considerada alarmante pelos policiais foi em relação à forma de despejar o óleo na caldeira, que respinga ao solo, vindo a causar sérios prejuízos ambientais, como a poluição de nascentes de rios, uma vez que a fábrica está localizada a apenas 200 metros das margens do Rio Cuiabá.
O local foi interditado para não operar até a conclusão os laudos periciais de constatação dos danos causados.
O proprietário da fábrica pode responder por crimes ambientais, previsto no artigo 56, que trata do armazenamento em depósito ou usar produtos ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente; artigo 38, pela destruição ou danos a floresta considerada de preservação permanente; trabalho análogo à escravidão e eventuais crimes por expor a vida ou saúde de outros a perigo, e contra a ordem tributária.
Os quatro funcionários foram intimados para comparecer na Delegacia do Meio Ambiente (DEMA).
As ações especializadas de combate a crimes ambientais foram realizadas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA) e da Gerência de Operações Especais (GOE), com apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).