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Cuiabá, 04 de Novembro de 2025
04 de Novembro de 2025

04 de Novembro de 2025, 07h:00 - A | A

POLÍCIA / INVERSÃO DE VALORES

Ministério Público quer que coronel da PM vá a júri por matar bandido que invadiu sua casa

O caso aconteceu em novembro de 2023, no bairro Jardim Santa Mara, em Cuiabá

GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT



O Ministério Público do Estado (MPE) apresentou recurso contra a decisão que absolveu o tenente-coronel da Polícia Militar Otoniel Gonçalves Pinto da acusação de homicídio. O oficial é apontado como autor do disparo que matou Luanderson Patrik Vitor de Lunas, acusado de participar de um roubo na casa do militar, em Cuiabá, no fim de 2023.

O recurso foi protocolado pelo promotor Vinicius Gahyva Martins, que contesta a tese de legítima defesa acolhida pela juíza Helícia Vitti Lourenço, responsável pela absolvição sumária em setembro. Na decisão, a magistrada entendeu que o policial agiu “no estrito cumprimento do dever legal” e “em legítima defesa própria e de terceiros”.

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Para o Ministério Público, no entanto, a justificativa é “insustentável”, já que o assaltante que conduzia o veículo estava em fuga no momento em que foi atingido.

O roubo já havia sido consumado, e não havia mais perigo iminente que justificasse a reação armada”, argumenta o promotor, que pede que o caso seja levado ao Tribunal do Júri.

A apelação também aponta inconsistências nas provas e indícios de alterações na cena do crime. Segundo o MP, policiais à paisana estiveram no local logo após o fato e teriam manipulado elementos do cenário, inclusive munições deflagradas e imagens de câmeras de segurança.

Os estojos de projéteis disparados pela arma de Otoniel foram encontrados dentro da garagem da residência, embora, segundo a perícia, os tiros tenham sido efetuados quando o militar já estava na rua. Além disso, parte das gravações das câmeras de segurança, justamente o trecho em que o tenente-coronel aparece efetuando os disparos, não consta nos autos.

Apesar de as câmeras estarem posicionadas para registrar toda a ação, as imagens apreendidas foram recortadas e não mostram o momento dos disparos”, cita o promotor no recurso.

Relembre

O crime ocorreu em 28 de novembro de 2023, no bairro Santa Marta. Otoniel havia acabado de chegar em casa quando foi rendido por um assaltante armado. O criminoso o obrigou a abrir o portão para fugir e levou pertences pessoais da família. Na fuga, entrou em um veículo Chevrolet Cobalt, conduzido por Luanderson. O militar reagiu e disparou oito vezes contra o carro, atingindo o motorista na cabeça. A vítima perdeu o controle da direção, percorreu poucos metros e morreu ainda no local.

À época, o tenente-coronel afirmou ter agido para proteger a família e que viveu “40 minutos de terror” sob a mira de um revólver. O delegado responsável pelo caso, na ocasião, também entendeu que o ato configurava legítima defesa.

Agora, com o recurso, o Ministério Público quer que o oficial seja pronunciado e julgado pelo Tribunal do Júri pela prática de homicídio.

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S T DENILSON 04/11/2025

É UMA BAITA DE UMA SACANAGEM O Q ESTA FAZENDO COM ESSE CORONEL. TRABALHEI COM ELE NA INTELIGÊNCIA. UM BAITA DE OFICIAL. EU COMO MILITAR SE UM, DOIS OU TRES INVADIREM MINHA CASA METO BALA SEM PENSAR... JÚRI VAI ABSOLVER ESSE CORONEL TA NA CARA. E OUTRA LEGITIMA DEFESA PURA AT S. TEN DENILSON

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fabio 04/11/2025

uma fralda usada tem mesma serventia as vezes do MP.

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2 comentários