ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Resgatado na madrugada de sábado, em Rondônia, após ser libertado em região de mata, na fronteira entre Brasil e Bolívia, o piloto Rogério Lana, 60 anos, que foi sequestrado na pista do Hotel Sesc Pantanal, em Poconé (a 100 km de Cuiabá), na última quarta-feira (7), passou o domingo (11) em companhia da família e se diz muito abalado para comentar os dias em que esteve como refém.
O filho do piloto, Rogério Lana Júnior afirma que o pai está bem e a família aliviada, mas lembra que o trauma foi grande e o pai, que já vinha pensando em se aposentar, agora volta a avaliar a possibilidade, mas a decisão ainda não foi tomada.
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A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) colhe depoimento do piloto Rogério Lana Gomes nesta segunda-feira (12).
A pedido da polícia, o piloto não concederá entrevistas até prestar depoimento.
De acordo com uma fonte do site, a apreensão da família era grande já que havia a suspeita de que o profissional estivesse morto devido a divulgação de que ele emitiu sinal de alerta para a Força Aérea Brasileira (FAB) durante o sequestro.
Conforme a assessoria de imprensa da FAB, o código emitido por Rogério foi crucial para que a comunicação dos órgãos de segurança sobre o crime pudessem ter a localização exata para onde o avião, monomotor prefixo PR-ESC, tinha sido levado. Os últimos sinais captados apontavam que o mesmo seguia em direção à Bolívia.
Uma das suspeitas é de que o roubo tenha sido encomendado por bandidos ligados ao narcotráfico, onde pilotos e aviões são levados para servir ao tráfico de drogas.
Rogério Lana é funcionário do Hotel Sesc Porto Cercado, grupo que também é proprietário da aeronave, que ainda não foi recuperada.