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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

06 de Julho de 2022, 10h:00 - A | A

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Paccola admite em vídeo que conhecia agente morto por ele

Inicialmente a declaração do vereador foi de que ele conhecia de vista o agente Alexandre Miyagawa. Depois que uma possível relação de amizade entre eles foi apontada, o vereador negou qualquer relação.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



A possível relação de amizade entre o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) e o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, morto por ele na semana passada, tem sido alvo de “discussão”. Na segunda-feira (04) o parlamentar afirmou que conhecia a vítima de vista, mas no dia seguinte ele negou que conhecesse o agente

A declaração de que conhecia a vítima 'de vista' foi registrada em vídeo, durante entrevista à imprensa na Câmara Municipal de Cuiabá, em que detalhou todo acontecido na sexta-feira (01). (Veja o vídeo abaixo)

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Para a imprensa, ele afirmou que conhecia apenas de vista a vítima e que no dia da confusão, não teria o reconhecido. “Eu o conhecia de vista, mas no momento da situação, em momento algum eu o reconheci. (...) Eu nunca sai nenhum dia da minha vida, como policial, de casa pensando em matar alguém, ou atirar em alguém muito menos num colega de profissão”, declarou.

Na manhã de terça-feira (05), Amigos e familiares Japão estiveram na frente da Câmara para protestar e pedir providências do presidente do legislativo sobre o caso.

Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativos de Mato Grosso (Sindpss), Paulo Cezar de Souza, declarou que vereador teria relação de amizade com a vítima.

“O Alexandre conhece ele há tempos. Quando ele entrou no sistema socioeducativo, foi nomeado, o que ele fez? Como nós temos o direito, temos lei que nos ampara sobre o uso da arma de fogo, ele foi lá e adquiriu a pistola com o vereador. Como o vereador é amigo dele, é amigo dele, fez um valor para ele que nós, outras pessoas, não conseguem pagar o valor que ele pagou na pistola com o vereador. Quase todo sábado que ele estava de folga, ele convidava os colegas para ir lá atirar com a pistola dele (...) Lá no estande do vereador”, disse Paulo Cezar à imprensa.

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Paccola é sócio da empresa Força e Honra onde há um estande de tiros e depois dessa declaração do sindicalista emitiu nota negando que tivesse amizade com o agente morto ou o conhecesse. Também disse que não se lembrava de ter vendido arma ao agente e que o presidente do sindicato estaria cometendo um equívoco e o confundindo com o gerente da loja de armas.

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Na sessão da Casa de Leis, Paccola usou a tribuna e voltou a explicar a morte do agente e reforçou que agiu conforme foi treinado na Polícia Militar. Além disso, ele afirmou que Alexandre fez uso “errôneo” da arma que portava, mas externou pêsames aos familiares e amigos do agente.

O vereador também disse que vai carregar o "peso da morte" do colega para o resto da vida e chegou a citar um trecho da Bíblia.

"Você não compreende agora o que estou fazendo a você; mais tarde, porém, entenderá (João 13:7)", citou. (Veja vídeo abaixo)

Um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) para investigar o caso. A Comissão de Ética da Câmara Municipal também acompanha o caso.

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