DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual denunciou Francisco Djalma Francioni, 67 anos, conhecido como “Maníaco da Garrafada”, por dois latrocínios, três tentativas de latrocínios e roubo. Ele é acusado de aplicar diversos golpes em idosos, especialmente na porta de hospitais e rodoviárias em várias regiões do país, incluindo Mato Grosso.
O golpista oferecia às vítimas uma suposta “garrafada” com “poderes” de “curar” diversas doenças, entre elas o câncer. Após “dopar” os idosos com a bebida ele roubava documentos, celulares, dinheiro e cartões, que depois utilizava para fazer saques em agências bancárias.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Entre as vítimas do golpe do “Boa Noite Cinderela” duas morreram em Cuiabá. Odílio Rodrigues dos Santos, 63 anos, veio a óbito em abril de 2017 após ingerir a bebida. Em novembro do mesmo ano, Vanderlei Marcos Missau, 69 anos, também morreu após tomar o líquido. Os dois sofriam de câncer e tomaram a “garrafada” com a promessa de cura.
Francioni foi denunciado, ainda, pelas tentativas de latrocínio de Enio Rodrigues Correia, Manoel Macena de Oliveira e Marli Teresinha Saggin. Todos os crimes cometidos na Capital.
Francioni foi denunciado, ainda, pelas tentativas de latrocínio de Enio Rodrigues Correia, Manoel Macena de Oliveira e Marli Teresinha Saggin. Todos os crimes cometidos na Capital.
De acordo com o MP, Odílio Rodrigues dos Santos e Marli Teresinha Saggin, ambos casados e residentes no município de Peixoto de Azevedo, vieram a Cuiabá a fim de buscar atendimento no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Assim que desembarcaram na rodoviária da Capital foram abordados por Francisco Djalma que se identificou como tenente aposentado e passou a conversar com o casal a fim de adquirir a confiança deles.
Após dizer que conhecia uma pessoa no Incra que poderia ajudá-los, o golpista chegou a pagar um táxi para levar o casal de idosos ao local. Assim que chegaram ao instituto ele colocou em prática seu plano, oferecendo uma bebida. Assim que ingeriram as vítimas começaram a passar mal, momento em que Francisco se aproveitou para roubar os pertences dos dois.
Marli Saggin após desmaiar recebeu atendimento médico e ficou internada por 15 dias, sendo que 13 destes foram em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Odílio também foi levado ao hospital e morreu após ficar 21 dias internado.
A outra morte aconteceu no dia 8 de novembro de 2017. Conforme narra a denúncia do MP, Francioni ofereceu a bebida a Vanderlei Marcos Missaul, impossibilitando-o de oferecer qualquer resistência, sendo que “na sequência subtraiu os seguintes bens da vítima: uma pasta, na qual existiam os pertences pessoais, assim como dinheiro proveniente de saques realizados na sua conta bancária. Vale salientar que a substância empregada para impossibilitar a reação da vítima acabou causando a sua morte”. O idoso estava em Cuiabá para realizar exames no Hospital de Câncer.
O promotor de Justiça Substituto, Leandro Túrmina, pediu a prisão preventiva do denunciado.
“O Ministério Público do Estado de Mato Grosso - considerando estarem preenchidos os requisitos do artigo 312 e 313 do CPP e, ainda, que não há possibilidade da aplicação de medidas cautelares diversas da prisão no caso em tela – requer seja decretada a prisão preventiva do denunciado Francisco Djalma Francioni, visando a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”.