DA REDAÇÃO
O Plano de Recuperação Judicial da Tauro Motors Veículos Importados LTDA, com sede em Cuiabá, foi homologado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível especializada em Falência e Recuperação Judicial. A decisão permite que a empresa cumpra o pagamento aos credores trabalhistas, com garantia real, quirografários, microempresas e empresas de pequeno porte, conforme cronograma apresentado à Justiça.
A concessionária da marca japonesa Mitsubishi entrou com pedido de Recuperação Judicial em 13 de julho de 2017. A dívida da empresa é de R$ 12 milhões.
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O Plano de Recuperação e propostas modificadas foram aprovadas na Assembleia Geral dos Credores (AGC) onde foi acordado a dispensa, por ora, da apresentação da
O cumprimento do plano terá início a partir do dia 25 de dezembro, conforme estabelecido na assembleia.
certidão negativa de débitos fiscais.
O cumprimento do plano terá início a partir do dia 25 de dezembro, conforme estabelecido na assembleia. Vale ressaltar, que a falta da apresentação das certidões negativas não traz qualquer prejuízo para o fisco, uma vez que, as execuções fiscais não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, permitindo que a cobrança possa ser feita a qualquer momento.
“A Tauro Motors teve seu plano de Recuperação Judicial aprovado antes de completar um ano do processo e com grande percentual de aprovação, que chegou a 98% dos credores presentes na Assembleia, e agora é homologado pela Justiça. A boa relação e a rápida negociação com credores possibilitou a empresa restaurar a normalidade de suas operações o que fará a mesma cumprir o plano de pagamento aprovado com altíssima adesão dos credores. Comparo o processo de recuperação com a UTI: O paciente só deve ficar o tempo necessário. UTI demais acaba trazendo outras complicações e às vezes até a morte”, diz a advogada da empresa, Thais Sversut Acosta.
A crise
A Tauro Motors está em operação em Cuiabá desde 1994. No processo, a empresa aponta que começou a enfrentar dificuldades em 2009, quando o proprietário Paulo Boscolo adquiriu um imóvel em leilão judicial com o objetivo de ampliar e modernizar a estrutura empresarial e, para isso, realizou empréstimos juntos a bancos em operações elevadas.
A situação também se agravou, segundo a concessionária de veículos, em 2013 depois de adquirir o espólio de concessão da também japonesa Suzuki. No entanto, percebeu que a transação era inviável por causa do aumento da alíquota de importação imposto pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o que elevou o custo operacional. A Tauro Motors afirma ainda, que após a reeleição de Dilma Rousseff, as vendas caíram 25% nos anos de 2015 e 2016.