DO REPÓRTERMT
O Movimento Mato Grosso Competitivo (MMTC) está convertendo dados em ações. Desde abril, quando lançou o estudo “Custo Mato Grosso”, a instituição está percorrendo gabinetes e secretarias para tirar do papel propostas que aumentem a competitividade do estado.
Já são mais de 20 agendas institucionais realizadas com deputados estaduais, secretários de governo e representantes de entidades. A meta é clara: traduzir o diagnóstico econômico em medidas práticas que reduzam entraves, desburocratizar processos e aliviar o custo de Mato Grosso.
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O estudo aponta um sobrecusto de R$ 38,5 bilhões por ano para o setor empresarial do estado, em comparação com regiões como Sul e Sudeste. O valor representa 14,3% do PIB estadual, um peso que acende o alerta entre empresários e lideranças políticas.
Nesta semana, o MMTC esteve com os deputados Elizeu Nascimento (PL) e Diego Guimarães (Republicanos), além do secretário de Educação, Alan Porto. O diálogo passa pela revisão de marcos legais, incentivos à eficiência e cooperação interinstitucional.
“O Movimento Mato Grosso Competitivo tem o meu apoio integral, entendemos que, na condição de parlamentar, podemos contribuir bastante com as discussões das pautas que irão surgir, apresentando propostas que venham auxiliar nos marcos legais que possam demandar ações desta Casa de Leis”, detalha o deputado Elizeu Nascimento.
Ele destaca ainda a confiança na metodologia aplicada pelo MMTC, já testada a nível nacional, que direciona a formulação de políticas públicas para o aumento da competitividade de Mato Grosso.
Já o parlamentar Diego Guimarães (Republicanos) ressaltou durante a agenda que o MMTC mostra que Mato Grosso tem um grande potencial, que cresce a cada dia, atraindo investimentos para geração de emprego e renda. “É um movimento muito importante, que traz para a discussão algo que é indispensável para o Mato Grosso continuar crescendo. Quando a gente pensa em MT competitivo, a gente pensa em diminuição da burocracia, da carga tributária, dos entraves que impedem o crescimento do Estado e também de tornar o nosso Estado ainda mais atrativo para aqueles que querem investir”, afirma em apoio à iniciativa.
A diretora executiva do MMTC, Vanessa Gasch, tem acompanhado as agendas técnicas e afirma que este é um momento em que a instituição se posiciona como uma parceira estratégica e colaborativa aos poderes e instituições. “Nosso foco não é apontar culpados, mas sim fornecer dados concretos que ajudem na construção conjunta de políticas públicas específicas. Nosso papel é justamente esse: contribuir com diagnósticos e integração para que Mato Grosso continue avançando com inteligência e estratégia", afirma Vanessa.
Custo MT
O “Custo Mato Grosso” é um estudo que quantifica os obstáculos econômicos enfrentados pelo setor empresarial do estado. O levantamento identifica quatro grandes gargalos que explicam quase 80% de custo adicional: logística, baixa qualificação de mão de obra, custo alto para inserção nas cadeias globais e carga tributária.
O documento é uma ferramenta estratégica para orientar políticas públicas e decisões do setor privado. A proposta é que o documento sirva de base para uma agenda de competitividade construída em várias mãos, com participação ativa do governo, parlamento, setor produtivo e instituições.
"Já avançamos muito, mas temos grandes oportunidades de melhoria. O “Custo Mato Grosso” é um ponto de partida, um diagnóstico que nos permite agir de forma coordenada e assertiva", afirma Vanessa Gasch.
O que é o Movimento Mato Grosso Competitivo
O MMTC tem como missão impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável de Mato Grosso através do fomento ao aumento da qualidade, produtividade e competitividade estadual, sempre com o foco na melhoria do ambiente de negócios e na inovação tecnológica.
Liderado pelo presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel, o MMTC reúne a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), a Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (FCDL), a Federação das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros (Fetramar), a Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso (Facmat), a Faculdade de Tecnologia SENAI Mato Grosso (Fatec), a Universidade de Várzea Grande (Univag), a Universidade de Cuiabá (Unic ), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), a Secretaria de Estado Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (Seciteci-MT), a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Mato Grosso (Seplag-MT) e a Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM).
