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Cuiabá, 26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024

27 de Dezembro de 2018, 14h:10 - A | A

GERAL / TRAGÉDIA NA BALADA

Cantor atropelado em saída de boate sofreu lesões graves na cabeça; estado é irreversível

Ramón Viveiros segue internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Amecor, em Cuiabá.

RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO



Por meio de nota pública, a família de Ramón Viveiros, uma das três vítimas atropeladas na saída da boate Valley Pub, na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá, revelou que os médicos informaram que seu estado de saúde é irreversível.

Ramón, Hya Girotto e Myllena de Lacerda foram atingidos por uma picape Renault Oroch, dirigido pela bióloga e professora da Universidade Federal de Mato Grosso, Rafaela Screnci, de 33 anos, na noite do último domingo (23). Myllena morreu na hora. 

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Hya segue internada no Pronto-Socorro de Cuiabá e precisa fazer uma cirurgia de urgência para desobstruir uma artéria do coração. Ela também corre risco de morte.

Sobre Ramón, Mauro Viveiros Filho garante que apesar da gravidade a situação não caracteriza ‘morte cerebral’.

“Conforme muito noticiado, hoje de manhã o Ra [Ramón] teve sérias intercorrências em seu quadro clínico, com severas elevações de sua pressão intracraniana. Após realização de exames de tomografia e ressonância magnética, foram constatadas lesões bastante significativas na estrutura cerebral dele, o que já era esperado em razão da gravidade do acidente ocorrido. Porém, os exames revelaram também o que até então era desconhecido, que são lesões graves também no tronco cerebral, estas em caráter irreversível”, consta em trecho da nota (leia nota na íntegra ao fim da reportagem).

No texto, ele declara ainda que o cantor "não preenche os protocolos para declaração de morte encefálica, pois apresenta reflexos e atividade cerebral, embora em baixíssima proporção se comparado aos quadros clínicos considerados reversíveis". 

"Pouparei-os e pouparei-nos de nomes e dados técnicos/médicos, e concluirei por aqui a triste mensagem: a piora significativa de hoje implica em quadro de dano neurológico irreversível para a medicina humana, mas não o falecimento do meu querido irmão, que segue vivo conosco", acrescenta. 

O caso

O atropelamento foi provocado pela professora substituta da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 33 anos, que dirigia um Renault Oroch em alta velocidade.

Ela não parou para prestar socorro e ainda passou com o carro por cima de Hya.

Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos, morreu na hora. Já Ramón Viveiros, e Hya seguem internados no Hospital Amecor e Pronto-Socorro de Cuiabá, respectivamente.

Rafaela foi presa em flagrante, passou a noite na delegacia, mas foi liberada na segunda-feira (24), após passar por audiência de custódia e pagar fiança de R$ 9,5 mil.

Leia nota da famílai na íntegra

NOTA PÚBLICA

Boa noite a todos. 

Me desculpem a demora, sei que todo mundo que participa dessa grande campanha de #ForçaRamon quer saber sobre seu estado de saúde e quadro clínico, mas também sei que todos vocês entenderão o lado da família nesse momento. 

Conforme muito noticiado, hoje de manhã o Ra teve sérias intercorrências em seu quadro clínico, com severas elevações de sua pressão intracraniana. Após realização de exames de tomografia e ressonância magnética, foram constatadas lesões bastante significativas na estrutura cerebral dele, o que já era esperado em razão da gravidade do acidente ocorrido. 

Porém, os exames revelaram também o que até então era desconhecido, que são lesões graves também no tronco cerebral, estas em caráter irreversível.

É preciso lembrar que “irreversível” significa que não há nada que a medicina humana atual possa fazer para curar os edemas encontrados. Lembro também que isso não é sinônimo de “morte cerebral”, como muitos foram levados a crer em razão de divulgação de notícias equivocadas.

O Ra não preenche os protocolos para declaração de morte encefálica, pois apresenta reflexos e atividade cerebral, embora em baixíssima proporção se comparado aos quadros clínicos considerados reversíveis. 

Pouparei-os e pouparei-nos de nomes e dados técnicos/médicos, e concluirei por aqui a triste mensagem: a piora significativa de hoje implica em quadro de dano neurológico irreversível para a medicina humana, mas não o falecimento do meu querido irmão, que segue vivo conosco. 

Peço a todos que participaram dessa campanha até o momento que continuem e intensifiquem as preces, pois, nesse momento, apenas elas poderão ajudar/propiciar a cura do Ramon, que verdadeiramente precisa de um milagre que, segundo os competentes médicos assistentes, até hoje não foi por eles testemunhado.

Muito obrigado a todos

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