DO REPÓRTERMT
Elaborado por técnicos da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir MT), um formulário socioeconômico, fundiário e ambiental começa a ser aplicado nesta quinta-feira (11) com famílias do assentamento Dom Osório, no município de Campo Verde.
A ação representa um passo importante dentro do Projeto Agrofamiliar, que pretende fomentar o desenvolvimento da agricultura irrigada em Mato Grosso. O levantamento das informações será fundamental para compreender a realidade local, traçar o perfil socioeconômico das famílias, avaliar a renda, as condições fundiárias e, sobretudo, a disponibilidade hídrica.
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Em Campo Verde, cerca de 40 famílias serão contempladas nesta primeira etapa, em um universo de mais de 500 moradores do assentamento Dom Osório. A iniciativa tem caráter piloto e poderá ser ampliada gradualmente para alcançar todas as famílias da comunidade.
A aplicação do questionário será conduzida por estudantes do curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), parceiro da Aprofir na execução do projeto. A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e a Prefeitura de Campo Verde também apoiam a iniciativa.
“O projeto prevê o desenvolvimento da agricultura irrigada, e não se faz agricultura irrigada sem água. Esse diagnóstico é fundamental para que possamos planejar cada etapa com segurança”, destacou o presidente da Aprofir, Hugo Garcia.
Projeto Agrofamiliar
A proposta prevê a implantação de unidades de produção irrigada, com equipamentos integrados a sistemas fotovoltaicos, garantindo menor custo de energia e maior sustentabilidade. O pacote de ações inclui correção de solo, construção de açudes e poços semiartesianos, captação de água da chuva com tecnologia da Embrapa, assistência técnica, capacitação, apoio à regularização ambiental e fundiária, além da garantia de comercialização da produção.
“Esse é um projeto modelo, porque já nasce com um diagnóstico formado. A chance de erro é mínima. Além de beneficiar os produtores, fomenta a academia e fortalece a formação dos estudantes, que terão a oportunidade de vivenciar a realidade do campo”, acrescentou ainda Hugo Garcia.