KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
A cineasta e assessora de imprensa Bárbara Fontes, de 41 anos, diz nunca ter passado por tanta humilhação. Recém-operada, precisou de um taxi na saída do Shopping Pantanal, em Cuiabá, mas nenhum dos carros disponíveis aceitou levá-la ao trabalho, ligando o taxímetro.
“Eles só estão fazendo corridas, mediante combinação prévia de preço, sem ligar o taxímetro”, reclama a cineasta.
“Eles só estão fazendo corridas, mediante combinação prévia de preço, sem ligar o taxímetro”, reclama a cineasta. “Como não aceitei pagar, fiquei ali, sentindo dor, debaixo de um sol escaldante”.
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Indignada com a falta de respeito, ela não quis deixar por isso mesmo e registrou denúncia, por cobrança irregular, no Procon de Mato Grosso.
Bárbara teve uma hérnia em estágio avançado. “Uma parte do meu intestino saiu do lugar e foi parar na barriga. Fiz uma cirurgia de extrema urgência. Então, eu tenho ainda dificuldade para andar”, detalha, explicando que ainda está em recuperação, embora já tenha voltado a trabalhar, por orientação médica, porém com limitações.
Indignada com a falta de respeito, ela não quis deixar por isso mesmo e registrou denúncia, por cobrança irregular, no Procon de Mato Grosso.
Ela trabalha no Centro Político Administrativo e vai almoçar no shopping porque é mais perto, mas, embora a distância seja curta, ela não pode caminhar. Como não tem carro, precisa pegar taxi.
Na sexta-feira (2), ela terminou o almoço e foi até o ponto de taxis, onde, segundo ela, havia vários carros parados. “Fui ao primeiro e ele me disse que não tinha troco e que faria a corrida até a entrada do Centro Político Administrativo (sem o taxímetro ligado) por 25 reais! Eu respondi que queria o taxímetro ligado e que pagaria o valor correto. O taxista se recusou a me levar”, conta a cineasta, indignada.
O segundo taxi também não quis levá-la, assim como os outros.
“Estava um calor escaldante e eu já sentia muitas dores no local do corte da cirurgia”, reclama ela. “Eles me sugeriram que eu pegasse um táxi em outro ponto. Mas, gente, isso é desumano. Estou usando táxi não por luxo, porque já gastei muito com a minha doença, mas é uma necessidade mesmo. Isso é uma máfia”, reclama.
“Fui ao primeiro e ele me disse que não tinha troco e que faria a corrida até a entrada do Centro Político Administrativo por 25 reais! Eu respondi que queria o taxímetro ligado e que pagaria o valor correto. O taxista se recusou a me levar”, conta a cineasta
Depois de ser ignorada, afirma que foram aparecendo outros clientes e os taxistas os atendendo normalmente.
Mediante a situação humilhante, registrou denúncia no Proncon, que abriu um procedimento para apurar o caso.
O ouviu o Procon, para saber como será o andamento do caso. O gerente de fiscalização, Ivo Firmo, avalia que o caso é grave, pelo constrangimento que a cliente passou. "Vamos formalizar o que ocorreu à Prefeitura, para tanto lá quanto aqui tomarmos providências cabíveis".
O coordenador de Operação e Fiscalização de Transporte da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Marcel Lopes, explica esta não é uma ocorrência frequente, mas, quando acontece, é quase sempre no ponto do Shopping Pantanal.
“É que lá não tem um número fixo de táxis e é um ponto rotativo. Os 604 taxistas podem atuar ali, se quiserem, e isso é um dos motivos desse problema que aconteceu com a cineasta”, explica o coordenador.
Segundo ele, a punição para quem pratica cobrança irregular é de multa e até a suspensão do direito de explorar o serviço na capital.
O coordenador repassou o número 0800651517 para denúncias, caso alguém já tenha passado por isso. “Não esquecer de pegar o número do alvará do taxista”, orienta. A ligação para este 0800 é gratuita, mas só pode ser feita de telefone fixo.
O tentou falar no Sindicato dos Taxistas (Sintac), mas ninguém atendeu o telefone até o fechamento desta matéria.
Apesar de ser conhecido como ponto do Shopping Pantanal, o empreendimento comercial não tem nenhuma responsabilidade sobre a atuação dos taxistas.
Henrique 13/03/2017
Isso aconteceu comigo pois era meia e eu moro a 900 metros do shopping e por ser homem nenhum taxista teve dó e ninguém me levou pra minha sorte é graças a Deus um colega meu passou de carro e me levou... E ao passar na praça dá bandeira vi vários malandros roubando e correndo pró parque... Com certeza eu seria a próxima vítima!!
Vania 13/10/2015
Isso aconteceu comigo, eu e minha filha saímos do cinema tarde, quando cheguei no ponto de táxi todos se recusaram a me levar porque era perto, já era quase meia noite, até que um ficou com dó, acreditem dó e nos levou, foi humilhante demais.
josé raul vilá neto 13/10/2015
UBER neles, concorrência faz bem.
Poconeano 12/10/2015
UBER NELES!!!
ANTONIO 12/10/2015
DEVERIA TER ANOTADO A PLACA DO TAXI E PUBLICAR, NAO PODEMOS DEIXAR ISSO ACONTECER, POIS PODERIA SER UMA TURISTA E COMO FICA A BOA EDUCAÇÃO DO NOSSO POVO CUIBANA E BEM SERVIR... CARA DE PAU ESSES TAXISTAS, SE É COMIGO TINHA CHAMADO A POLICIA..
drika 12/10/2015
Uber neles....parar com esse tratamento que os taxistas dão.
PAULO 12/10/2015
QUERO VER O QUE ELES IRÃO FAZER QUANDO O UBER CHEGAR EM CUIABÁ... ESSES TAXISTAS NÃO RESPEITAM NADA, DE CLIENTES A TRANSITO
José Arruda 12/10/2015
Tudo bem, válida a matéria. Mas tá escrito enorme lá na fachada: "Pantanal Shopping", qual é a dificuldade em escrever correto?
Pedro 11/10/2015
UBER em 3... 2... 1... Por quê os taxistas são assim em todo lugar? Sem generalizar, mas ô povo desonesto. Foi justamente por isso que inventaram o UBER.
9 comentários