A GAZETA
O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) meteu a caneta em quatro dos sete clubes que disputaram o Campeonato Mato-grossense da Segunda Divisão deste ano. Em sessão realizada na semana passada, os auditores Silas Tadeu, Marco Antônio e Ildo Macedo aplicaram multas no valor de R$ 500,00 a Associação Atlética Serra, de Tangará da Serra, Primavera, Operário e Sinop. Todos eles deixaram de efetuar pagamento do déficit de vários jogos disputados pelo torneio de acesso. Juntos, eles devem mais de R$ 80 mil à Gerência Financeira da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF).
Dos quatro, o Sinop, campeão da Segunda Divisão e garantido na Primeira Divisão do próximo ano, é o maior devedor. A dívida do ‘Galo’ do Norte está em R$ 40 mil somado a outra pendência financeira equivalente a sua participação na Série A do Estadual de 2011. O Tricolor várzea-grandense, presidido pelo empresário Sebastião Viana, vem logo atrás com uma dívida de R$ 17 mil. O Serra deve R$ 13 mil e o Primavera R$ 10 mil.
O Tribunal presidido por João Vicente Scaravelli deu até o dia de hoje às 18h o prazo para que os clubes devedores façam o recolhimento da dívida. Caso contrário, será oferecido uma espécie de denúncia à Procuradoria do TJD onde não está descartado os times irem a julgamento, que pode culminar com sanções pesadas. O caso mais complicado é do Sinop, que voltou para a elite do futebol mato-grossense.
Por sua vez, Cacerense, Brasil Central e Poconé fizeram o recolhimento das taxas referentes as partidas disputadas em seus respectivos estádios - Geraldão, Dom Aquinão e Neco Falcão. No caso do representante de Cáceres, o clube foi o campeão em recorde de público em toda a Segundona. Na decisão disputada no dia 22 de julho, no estádio Geraldão, foi registrado público pagante acima de seis mil torcedores.
Já o Brasil Central, que decidiu mandar seus compromissos no estádio municipal de Dom Aquino, pagou todas as taxas, uma vez que a equipe bancada por empresários italianos ainda não tem torcida.
O Poconé, que estreava na competição, também pagava suas despesas sem o dinheiro da arrecadação dos jogos.
No entendimento dos auditores do TJD é ‘inadmissível’ os clubes disputarem o campeonato e deixarem de pagar taxas consideradas essenciais para a realização dos jogos. Um dos impostos a ser pago com a renda da partida é a taxa de arbitragem.