Vereador quer proibir atuação de flanelinhas em Cuiabá: "Muitas pessoas se sentem ameaçadas"

Conexão Poder

O vereador T. Coronel Dias (Cidadania) disse que pesquisas mostram que em nenhuma cidade a regulamentação dos flanelinhas deu certo

ANA CRISTINA VIEIRA
DO CONEXÃO PODER

Em entrevista ao Conexão Poder, o vereador T. Coronel Dias (Cidadania) comentou sobre o Projeto de Lei que propõe a proibição da atividade de cuidadores de carros autônomos, os "flanelinhas", em Cuiabá. O vereador explicou que a ideia surgiu das reclamações de jovens, idosos e mulheres quanto à insegurança diante das abordagens dos flanelinhas.

"Enquanto os guardadores estão ali, eles exercem um papel que, muitas das vezes, não contribui propriamente para a segurança, eles fazem aquilo ali para satisfazer suas necessidades básicas, comprar uma alimentação, mas principalmente para usar drogas", apontou. 

Ele citou que os estudos mostram que em todas as cidades em que se tentou implementar a regulamentação para os flanelinhas, a tentativa não deu certo. Além disso, a prática é, muitas vezes, realizada em vias públicas onde já existe cobrança regulamentada pelo sistema de estacionamento rotativo, implantado desde fevereiro do ano passado nas principais ruas e avenidas da capital.

"Por mais que você goste de alguma pessoa que esteja como flanelinha, às vezes aquela atuação não é necessária para você, você faz para ajudar ele por uma questão afetiva, aí você paga pelo estacionamento rotativo e ao mesmo espaço você tem que pagar para o flanelinha, se seu veículo for roubado ou furtado, nem a prefeitura vai te pagar pelo roubo ou furto, nem mesmo o flanelinha, e a gente ainda aumenta o sentimento de insegurança", pontuou.

O projeto de lei determina que os guardadores participem de cursos de qualificação e sejam encaminhados ao mercado de trabalho. 

Confira o trecho: