MIRO FERRAZ
Emitir uma simples Nota Fiscal tem se tornado martírio para empresas de Cuiabá. Nesta quarta-feira (03), quem precisou utilizar os serviços eletrônicos, disponibilizados no site www.notaeletronica.com.br passou por maus bocados e amargou prejuízos e perda de tempo.
O serviço é mantido pela empresa Nota Control, com sede em Campo Grande (MS). Foi terceirizado pela prefeitura da Capital em 2006, mas, até o início do ano passado, bastava o contribuinte entrar no site do ISSQN para ter acesso aos serviços. Agora, é preciso entrar na pagina da empresa.
Até aí, nada de muito anormal. O problema é que, o sistema trava, é lento e compele o emissor da nota a optar por um contrato com a empresa, onde paga taxa de R$ 49 por mês para ter acesso aos serviços, supostamente, mais acelerados, na versão chamada de Plus. Moral da história: além de todos os abusivos impostos cobrados na emissão da nota, o empresário ou profissional liberal que queiram emitir o documento, ainda têm que pagar para entrar no sistema. Um absurdo!
Em contato com a empresa, na capital de MS, a atendente informou que, a lentidão se dá apenas nos casos em que o contrato é no modelo Free, ou seja gratuito. "Hoje é começo de mês e há muita emissão de notas, e os optantes desse modelo de contrato acabam absorvendo a lantidão causada pelo tráfego intenso; mas você pode reclamar na prefeitura de Cuiabá", disse a atendente.
O sistema tem gerado reclamações por parte de empresários e contadores. A encarregada do departamento fiscal da Kadri Informática, Alessandra Savioli disse que optou pela versão paga mas crê que seja um abuso.
“Ao fazer a emissão da nota fiscal, optamos pela versão Plus pelo fato das vantagens oferecidas, como por exemplo, velocidade de acesso, suporte para integração Webservice, entre outras. Mas mesmo com todas essas vantagens acredito que há certo abuso, uma vez que, antes dessa terceirização não era necessário fazer o pagamento e todos os suportes eram disponibilizados normalmente”, reclamou.
Já a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), informou que a falta de transparência nos serviços afeta mais de 90% das empresas existentes na Capital. Os empresários afetados são orientados pelo advogado tributarista, Murilo César Monteiro Godoy, a procurarem o Procon, tendo em vista que a empresa faz uma propaganda enganosa ao ofertar duas versões e imediatamente compelir o empresário a optar pela versão Plus. O empresário tem ainda a opção de entrar com uma ação de reparação de danos, segundo o advogado.
A Secretaria Municipal da Fazenda emitie cerca de 175 mil notas fiscais por mês.
Note que o sistema "Free" tem velocidade de navegação de apenas 100kbps, o que significa que a operacionalidade é quase ZERO.
Canuto 04/04/2013
Interessante é que o contrato foi renovado 6 meses antes de Galindo deixar a Prefeitura. O sistema que deve ser gratuito, assim como a SEFAZ disponibiliza o sistema para notas fiscais de comércio, é cobrado na esfera municipal. Isso é uma vergonha, pois o município paga duas vezes, o que ocorria somente uma vez antes, ela mantém o sistema antigo (que é melhor) e ainda mantém o sistema atual ( que é de qualidade inferior) e ainda cobram-nos para assinar pelo serviço. Recebem três vezes... Acredito que o Sindicato dos Contadores, o Ministério Público Estadual, a Câmara Municipal deveriam atuar nessa situação....
MAURO 04/04/2013
KD O MPE QUE NÃO ENTRA NO CASO???
MARIA ISABEL SANTANA(REVEDOR JÓIAS) 04/04/2013
Tive esse mesmo problema a solução foi optar por pagar a mensalidade e assim poder fazer as notas, no sistema free não funciona mesmo.
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