Samir Kehdi é suspenso pelo Conselho Regional de Medicina

DA REDAÇÃO

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso suspendeu por 30 dias o registro profissional do cirurgião plástico, Samir Kehdi. O médico feriu o artigo 29 / 1º do Código de Ética Médica.  A decisão é com base no processo de julgamento do Processo Ético Profissional nº 17/2008 no Conselho Federal de Medicina em 08 de fevereiro de 2012. A decisão foi proferida no dia 26 e publicada no Diário Oficia do Estadol, que circula hoje (30).  Assina a decisão a Dra. Dalva Alves das Neves - Presidente do CRM/MT.
 

O médico foi condenado pelo caso em que uma paciente morreu durante procedimento de lipoaspiração. A gerente comercial Rosimere Aparecida Soares, de 30 anos, teve uma veia perfurada durante a cirurgia. O médico foi processado por negligência.

Em dezembro de 2009, Kehdi havia sido condenado à pena de censura pública pelo CRM. No entanto, a punição foi anulada recentemente pelo Conselho Federal de Medicina, sob alegação de que houve "vício procedimental".


Em julho do ano passado, Kehdi foi condenado por homicídio culposo (sem intenção de matar), conforme decisão da juíza Maria Cristina de Oliveira Simões. De acordo com a sentença, a pena foi fixada em um ano de detenção, com aumento de quatro meses por inobservância de regra técnica
da profissão.

Outra vítima:

Segundo matéria publicada pelo Diário de Cuiabá, em 2008, assinada pelo jornalista Alexandre Aprá, este não foi o primeiro caso de morte na mesa de operação do cirurgião.
 

A empresária Zaira Zeferino, de 38 anos, morreu enquanto era submetida a uma lipoaspiração no dia 22 de junho de 1999, na mesma clínica em que Rosimere foi vitimada. A denúncia foi feita pelo marido da paciente, o empresário Eduardo Zeferino.

Além de Samir, o anestesista também era o mesmo que participou da cirurgia de Rosimere, Celso Aratami. Segundo o viúvo de Zaira, ao perceber o agravamento do estado de saúde da paciente ainda na clínica, Samir chamou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ela foi levada ao antigo Hospital das Clínicas, na avenida São Sebastião.