MAYARA MICHELS
Os policiais Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira, indiciados por homicídio pela morte do africano Toni Bernardo de Souza, 27 anos, podem ter a punição mais branda por parte da Corporação da Polícia Militar. Nesta segunda-feira (10), a Promotoria resolveu denunciar o caso como lesão corporal grave seguida de homicídio.
Segundo o Corregedor da Polícia Militar, coronel Joelson Sampaio, o resultado da sindicância que investigou a atitude dos policiais será concluída na tarde desta terça-feira (11). Segundo o coronel, há possibilidades do julgamento ser feito só após a conclusão do processo criminal. “Eles serão punidos, agora a punição pode ser uma advertência ou até a exclusão”, revelou o coronel.
A Corregedoria investigou as imagens do circuito interno da pizzaria. No inquérito, os policiais afirmaram que várias pessoas agrediram Toni, que na ocasião, o rapaz havia tentado assaltar uma cliente tentando enforcá-la.
A promotora Fânia Amorim, não concordou com homicídio doloso e decidiu denunciar por lesão corporal grave seguida de morte. Com isso, os policiais poderão ter redução na punição.
Para o Ministério Público Estadual (MPE) o caso se trata de um crime contra a integridade física e não contra a vida. A pena vai de quatro a 12 anos. No entendimento da promotora, os três tiveram a intenção de bater na vítima e não de matar, sendo a morte consequência das pancadas. Com isso, ela não classificou o crime de homicídio.
A sindicância será encaminhada para o comandante geral da Polícia Militar, o coronel Farias. Caberá a ele decidir se concorda com a escolha da Corregedoria, ou irá optar por esperar a conclusão do processo que tramita na 12ª Vara Criminal.
A MORTE
Segundo relatos contidos no inquérito policial, o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa agrediu Toni após ele anunciar assalto e tentar enforcar a mulher dele para roubar a bolsa. O rapaz pulou no pescoço da mulher e os dois caíram no chão. Sérgio ao ver sua mulher sendo agredida, chutou várias vezes contra o rapaz. Outras pessoas que estavam no restaurante também teriam agredido o ex-estudante da UFMT.
Os dois policiais, que estavam de folga, ao ver a situação tentaram imobilizar o estudante. Mesmo com dois homens o segurando, Toni resistia à prisão e continuava se debatendo.
Com a chegada da polícia, os três foram autuados em flagrantes e encaminhados para a DHPP. O empresário está preso na Polinter, anexo ao Pascoal Ramos. Já os policiais estão presos em um quarto localizado dentro do 3º Batalhão da Polícia Militar, na região do CPA. Os três estão à disposição da Justiça.
Bras 04/03/2012
Olha! Eu estou acreditando até em Mula-sem-Cabeça; é o país das maravilhas. Que belo país é esse! Sem racismo.
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