ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Cuiabá e o Sindicado dos Profissionais da Enfermagem chegaram ao acordo de reajuste salarial para a categoria, nesta quarta-feira (09), após reunião no Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça. Com o acordo, os profissionais voltam imediatamente a seus postos de trabalho.
O reajuste foi escalonado em cinco anos para os enfermeiros e técnicos de enfermagem efetivos, que receberão a partir de abril de 2015 um aumento real de 5%, mais o percentual do INPC. Para evitar defasagem, foi firmado o INPC mínimo de 6%. De acordo com a proposta, o reajuste ao final será de 68%.
Já os enfermeiros contratados receberão aumento de 25% já no salário de agosto deste ano, mais o reajuste de 5% e INPC, a partir de 2015. Os técnicos de enfermagem contratados terão reajuste de 10%, em agosto, e também receberão os aumentos de 5% e INPC, em 2015.
“Essa proposta será enviada ainda esta semana para a Câmara de Vereadores, que terá a responsabilidade de aprova-la antes do recesso da Casa, para que o acordo firmado possa ser cumprido já no próximo mês”, pontuou o secretário de Gestão, Pascoal Santullo Neto.
O presidente do Sindicato, Dejamir Souza Soares, levou a proposta imediatamente para deliberação dos profissionais que acompanhavam o resultado da reunião. “Defendemos o acordo diante dos enfermeiros e técnicos, que aprovaram a proposta e nos comprometemos a voltar ao trabalho imediatamente, encerrando a greve”, afirmou.
Para o magistrado que mediou a conciliação, Hildebrando da Costa Marques, o judiciário cumpriu o papel de facilitar as negociações entre as partes. “O mais importante foi que chegamos a um acordo bom para os dois lados e solucionamos um impasse que prejudicava toda a sociedade”, disse.
REFLEXOS NO PRONTO-SOCORRO
A greve dos profissionais começou a ter reflexos negativos no atendimento aos pacientes do Pronto-Socorro. De acordo com o diretor geral do Hospital, José Antônio Figueiredo, na segunda-feira, primeiro dia de greve, não houve reflexo direto no atendimento na unidade, mas na terça-feira (08) a paralisação começou a ser sentida.
“Na noite de terça-feira, quando aumento a demanda de pacientes encaminhados pelas Policlínicas e a UPA, sentimos os reflexos negativos da greve. Não por falta de atendimento médico, mas sim na demora com relação desses pacientes, que é uma das funções do enfermeiro e técnico. Espero que se segue a um acordo e que os profissionais voltem a trabalhar normalmente”, declarou José Antônio. (Com assessoria)