ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Várzea Grande teve que improvisar para garantir um atendimento ‘meia boca’ para os usuários do transporte público, que utilizam o Terminal de Integração André Maggi. Os reparos foram necessários após o 'quebra-quebra' promovido por manifestantes na última sexta-feira (29).
O secretário de Infraestrutura da cidade, Gonçalo Aparecido de Barros, confirmou o prejuízo de R$500 mil, informado anteriormente pela MTU, mas já adiantou que a Prefeitura não tem condições de arcar com o prejuízo. “Várzea Grande tem capacidade zero de investimento. Foram destruídas as grades, catracas e salas, temos que reparar o básico para dar, pelo menos, condição de uso no local”, afirmou.
As grades que foram arrancadas pelos manifestantes foram recolocadas no lugar e para fixa-las, a Secretaria de Infraestrutura utilizou arames. Já as catracas, foram soldadas no lugar. Não houve compra de materiais novos para repor os que foram danificados.
Gonçalo afirmou ainda que a Prefeitura não tem previsão para uma reforma no local, já que o terminal de integração será transferido para a central do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no mais tardar em julho de 2014. “Fizemos uma reforma a poucos meses no local, e agora com esse ato de vandalismo vamos ter que refazer o serviço, mas não temos dinheiro para isso”, relatou.
Em busca de ajuda para cobrir os reparos, o secretário se reuniu com representantes da empresa União Transportes, que é concessora do transporte público na cidade, e com membros da MTU. “Como a responsabilidade do Terminal é da Prefeitura, teremos que arcar com todos os gastos, sem a ajuda de outros órgãos”, lamentou.
“Aquilo não foi uma manifestação. Foi um ato de vandalismo, malandros infiltrados que descaracterizam qualquer movimento. Quem é diretamente afetada é a população, que vai ser obrigada a conviver em um ambiente praticamente depredado”, definiu Gonçalo.
A MANIFESTAÇÃO
A ação foi organizada por estudantes de três escolas estaduais da cidade. Ao todo 24 pessoas foram autuadas. Dez homens e duas mulheres foram autuados por dano ao patrimônio publico, sem aplicação de fiança. Também estavam envolvidos na manifestação 12 menores de idade, que foram conduzidos à Central de Flagrantes da Polícia Civil, e vão responder pelo mesmo artigo, na condição de ato infracional.
A ação de vandalismo destruiu todas as oito catracas da integração, incluindo os terminais de leitura, os aparelhos de TVs, além da fachada. Os vândalos – sendo alguns encapuzados - destruíram também algumas grades que separam alguns setores do terminal.