FERNANDA LEITE
Agora está explicado porque o ensino nas escolas públicas é considerado de má qualidade. O governo do estado de Mato Grosso disponibilizará para 2012 um orçamento de R$ 1.581.687.422 bilhão para a educação pública.
Parece muito, mas se dividirmos pela quantidade de alunos matriculados na rede, o custo por estudante é de R$ 3.514 ano e R$ 229,00 ao mês. Enquanto isso um preso, para ficar na cadeia sem fazer nada produtivo, custa ao estado, R$ 804,00 por mês.
Atualmente estão matriculados na rede estadual de ensino cerca de 450 mil alunos. O RepórterMT entrou em contato com o secretário de Educação do Estado (Seduc), Ságuas Moraes, que disse fazer milagre com o repasse de 25% de toda a arrecadação do Estado. “Quanto mais recurso melhor. Mas o Estado nunca tem dinheiro para fazer uma educação melhor. Mas este problema não é só aqui, é em todo país”, disse o secretário.
O repasse para educação é polêmico, pois esta situação pode ser comparada com os valores pagos, por exemplo, para manter um detento nos presídios. De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, (TJMT), em média, manter um detento custa entre R$ 600 e R$ 800 por mês, dependendo da localização geográfica da unidade penal e considerando-se gastos com a energia elétrica das unidades até pagamento de servidores. A população carcerária varia em torno de 12 mil detentos.
Uma contradição aos olhos do presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares, que considera a educação falida. “Isto é inexplicável querer uma educação de qualidade com este recurso. Temos uma educação vegetativa”, criticou.
Gilmar se atentou para o crescimento do estado e, consequentemente, o número de escolas, no entanto, não é aumentado o repasse para o setor. “É fácil construir e não ter condições mínimas de manter. Não existe você pegar e criar mais e mais escola com a mesma quantidade de repasse”, argumentou.
O governo tenta implantar no estado um sistema de vigilância eletrônica, para reduzir o custo por preso para cerca de R$ 550 por mês. O sistema deve beneficiar aqueles que estão encarcerados provisoriamente. Isso para quem se enquadrar nos critérios.
O presidente do Sintep/MT, disse que os professores podem deflagrar uma nova greve no ano que vem por busca de melhores salários, qualidade de serviço e também para pressionar o estado a realizar novo concurso para a educação.
O orçamento aqui citado é para pagamento de todas as despesas da Seduc, exceto compra de livros didáticos, que são disponibilizados pelo governo federal.
jose leobaldo da veiga valente 18/04/2012
não seria melhor fazer um centro de recuperação para que o preso fosse obrigado a trabalhar e com a produção do trasbalho podesse se manter
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