LAÍS FERREIRA
Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) serão afetados mais uma vez, após a deflagração da greve dos médicos em Várzea Grande. Os profissionais resolveram paralisar as atividades e somente deverão retomar os trabalhos, após o cumprimento do acordo firmado com a Secretaria Municipal da Saúde. Cerca de 100 mil pessoas ficarão sem atendimento médico na cidade.
Segundo, a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed), Elza Queiroz, a greve é em decorrência do descumprimento do acordo inicialmente firmado em abril do ano passado junto a Secretaria Municipal da Saúde de Várzea Grande. O acordo previa o pagamento de 1/3 das férias, pagamento de verbas indenizatórias, melhoria das condições trabalhistas, entre outras reivindicações.
“Os médicos vêm ao longo de sete meses tentando negociar com a Secretaria Municipal. Os profissionais já estabeleceram prazos para o cumprimento das cláusulas, mas até o momento a Secretaria não cumpriu com as obrigações”, ressaltou a presidente do Sindmed.
Diante das inúmeras tentativas frustradas, os médicos resolveram entrar em greve. A decisão foi tomada na noite de segunda-feira (4), após assembleia geral extraordinária no Pronto-Socorro com a presença de membros do Ministério Público Estadual (MPE).
A greve deve contar com o apoio de 350 profissionais que atendem os usuários da rede pública. Tais profissionais resolveram manter os serviços de urgência e emergência, além disso, 30% das eletivas também serão mantidas.
Elza Queiroz também afirma que na próxima segunda-feira (11), os médicos estarão promovendo um ato em frente ao Pronto-Socorro. Durante esse ato, os médicos não somente estarão reivindicando pelo cumprimento do acordo feito em abril do ano passado, mas como também a abertura da maternidade e regularização do serviço de endoscopia.
A equipe do RepórterMT entrou em contato com a Secretaria Municipal de Várzea Grande, porém pronunciamento somente será feito após a posse do comunicado oficial a ser emitido pelo Sindicato dos Médicos de MT.