FRANCISCO BORGES
Cerca de 700 médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na rede municipal de Cuiabá, deverão paralisar suas atividades já na próxima segunda-feira (22). Os profissionais reclamam da falta de estrutura, atraso no pagamento do auxilio salarial e também a sobrecarga de trabalho. Está previsto uma mobilização para a próxima quarta-feira (24), quando a categoria que atende na capital, entregará um abaixo-assinado confirmando o não cumprimento de uma Lei de Iniciativa Popular por parte do governo, acerca das reivindicações.
Segundo Elza Queiroz, presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), entre as diversas queixas dos médicos estão: a reclamação de ambientes precários para atender a população, falta segurança e contratação de novos profissionais para melhorar o efetivo. Ela também acusou o prefeito Chico Galindo de não ter cumprido um acordo feito com a categoria.
“O prefeito Chico Galindo simplesmente não cumpriu com a parte dele no acordo feito há dois meses. As condições de trabalho ainda continuam precárias, ainda há falta de segurança. Além do efetivo que está menor do que quando foi acordado”, ressalta a presidente.
RELEMBRE O CASO
A classe da rede municipal de Saúde havia encerrado uma greve no mês de agosto deste ano, na ocasião, eles faziam as mesmas reivindicações e, até o termino da paralização, cerca de 70% dos profissionais cruzaram os braços.
No mês de junho deste ano, uma lista de queixas da classe foi encaminhada à Secretaria Municipal de Saúde para análise e o prazo para a manifestação era até o dia 31 de julho, ocasião foi firmado um acordo entre o Sindimed a Prefeitura e Tribunal de Justiça (TJ) acerca do atendimento das reivindicações e volta imediata dos profissionais ao trabalho. O ato rendeu a suspensão do movimento grevista, deflagrado em 6 de agosto e suspenso 4 dias depois.