ANDRÉA HADDAD
Mais de 100 servidores da secretaria de Estado de Saúde (SES) fizeram, na tarde desta segunda (14), uma manifestação em frente à pasta e ao Palácio do Governo contra a terceirização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), prevista no Diário Oficial do Estado, conforme adiantou o RepórterMT em 17 de dezembro. Nesta segunda, houve a entrega dos envelopes pelas instituições sem fins lucrativos interessadas no gerenciamento, operacionalização e execução do atendimento.
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) ingressou na última sexta (11), na Justiça Estadual, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra política implementada pelo Governo do Estado. A entidade já conseguiu vitória ao adotar a mesma medida em relação a Organizações Sociais (OS) que gerenciam unidades de saúde.
Coube ao Comitê em Defesa da Saúde Pública, integrado por membros do Sindimed e do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente do Estado (Sisma/MT), organizar o protesto desta segunda. Faixas com dizerem “Samu 100% Público”, “Fim das OSS no Estado”, “O Samu Pede Socorro à População”, chamaram a atenção no grupo de manifestantes composto por servidores, professores do ensino público, usuários da saúde e estudantes.
Nesta terça (15), a partir de 13h, eles vão estar em frente à Escola de Saúde, no Hospital Adauto Botelho, na região do Coxipó, para protestar durante a abertura dos envelopes com as propostas das instituições interessadas em tocar o Samu.
Delegado Sindical do Sisma, Otto Ten Caten denuncia que o Samu foi sucateado intencionalmente para, em um segundo momento, ser repassado à OSS. “Usam sempre o mesmo mote para justificar a privatização, deixam o órgão sem condições de guardar insumos ou mesmo recebê-los e, depois, dizem que o modelo não serve, que está errado”.
Segundo ele, o Governo do Estado não remete ao Samu papel higiênico, por exemplo, para as ambulâncias. “Não tem ar-condicionado nos carros e depois vêm dizer que os servidores não prestam o serviço direito, é mentira!”, desabafa.
Marcela 16/01/2013
Se o serviço for melhor, por que nao privatizar?
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