LAÍS FERREIRA
A Prefeitura de Várzea Grande conseguiu na Justiça uma liminar que obriga os médicos a manter 60% dos serviços de urgência e emergência nas unidades de saúde. Inicialmente a categoria previa manter apenas 30% do atendimento.
Contudo, o Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindmed) tem um prazo de 15 dias para contestar da decisão que foi tomada após a deflagração da greve dos médicos. O movimento foi deflagrado na noite de segunda-feira (4) e a categoria cruzaria os braços nessa segunda (11).
Segundo, a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindmed), Elza Queiroz, a greve é em decorrência do descumprimento do acordo inicialmente firmado em abril do ano passado junto a Secretaria Municipal da Saúde de Várzea Grande. O acordo previa o pagamento de 1/3 das férias, pagamento de verbas indenizatórias, melhoria das condições trabalhistas, entre outras reivindicações.
“Os médicos vêm ao longo de sete meses tentando negociar com a Secretaria Municipal. Os profissionais já estabeleceram prazos para o cumprimento das cláusulas, mas até o momento a Secretaria não cumpriu com as obrigações”, ressaltou a presidente do Sindmed.
Cerca de 70% dos 350 médicos aderiram ao movimento que somente terá desfecho, após a apresentação de propostas por parte da Secretaria Municipal de Saúde. "Enquanto isso, os usuários da rede pública que necessitam de atendimento médico deverão deslocar-se até a capital do Estado", acrescentou o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso, Celso Vargas, durante entrevista concedida ao RepórterMT na última semana.
No entanto, o diretor do Pronto Socorro de Cuiabá, Antônio Ignácio Medeiros, afirmou que até o momento a greve não sobrecarregou a unidade. “Por enquanto, o atendimento não foi afetado, mas caso perdure por muito tempo teremos que improvisar leitos”, disse. Atualmente uma média de cinco mil pacientes são atendidos mensalmente pelo Pronto Socorro.