VINÍCIUS LEMOS
Dentro de uma ambulância, ao lado do filho de 4 anos que possui uma má formação no cérebro, a empresária Esthefane Sena procurava por um leito em alguma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Cuiabá. A empresária tem plano de saúde e mesmo assim só conseguiu encontrar uma vaga após dez horas de procura. A situação da empresária representa a falta de UTI que ocorre em todo Estado. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), seriam necessários mais 600 leitos na cidade para que pudessem atender toda a demanda da região.
O filho de Esthefane possui uma doença rara, uma má formação no cerebelo. O garoto só se alimenta através de uma sonda e, para evitar que contraia infecção hospitalar, sempre necessita de Home Care, um serviço de UTI domiciliar. “É uma burocracia para que eu consiga acionar esse tipo de serviço, nem sempre é possível. Cuiabá não tem uma grande estrutura para isso”, relata a mulher.
A presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Elza Queiroz, disse que já foi solicitada uma reestruturação das UTIs. “Em 2011, nós montamos um dossiê que relatava a falta de leitos no Estado. Porém, o governo não nos deu nenhuma resposta”, afirmou. Com relação à saúde privada, ela declarou que trata-se de um efeito dominó. “A saúde pública está precária, então, acaba afetando diretamente a saúde privada, por isso a falta de UTIs está em toda a rede hospitalar de Mato Grosso”.
Após ficar dez horas procurando por uma UTI e constantes tentativas de conseguir uma Home Care, Esthefane confessa. “Eu não aguento mais ter de encarar essa batalha por um leito de hospital. Parece que ninguém se preocupa”, desabafou.
MORRENDO À MINGUA
Em 5 de outubro deste ano, um menino de 12 anos morreu após cair e bater com a cabeça em um quebra-molas, no bairro Santa Amália, na entrada do Residencial Canachuê, em Cuiabá. A família buscou por uma UTI, mas a única vaga, tanto na rede pública quanto na particular, estava na cidade de Tangará da Serra, distante 244 km de Cuiabá. Ele morreu fora de uma UTI durante um procedimento cirúrgico para descomprimir o cérebro no Pronto Socorro de Cuiabá.
No dia 25 de setembro deste mesmo ano, durante sessão na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) contou que buscou uma UTI particular para a sua avó, que sofria com uma forte pneumonia. O leito só foi obtido dois dias depois, no Hospital Santa Rosa, mas a avó de Luciane não resistiu à crise da doença. “Conseguimos arrumar o leito na UTI do Hospital Santa Rosa, mas não teve tempo”, lamentou a parlamentar.
A Secretaria de Saúde de Cuiabá afirmou que 120 leitos de UTI são destinados à Saúde Pública e para a rede particular conveniada com a prefeitura. Com base nos dados, o ideal seria que existissem mais 600 leitos, pelo fato de a Capital atender também pacientes de todo o Mato Grosso. Ainda de acordo com a SMS, há um plano de estruturação da rede de urgência e emergência do Estado e do Município para aumentar a capacidade de atendimento em UTI.
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CAMPOGRANDENSE 22/10/2013
kkkkkkkkkkkkkkk.. ESSE ESTADO É COMÉDIA MESMO.. FALA AGORA, CHUPA CAMPO GRANDE.. SENHORES, A COPA NÃO VAI RESOLVER OS PROBLEMAS DE VCS.. SE LIGUEM,. É SÓ ROUBO E DÍVIDAS PARA SEUS NETOS E BISNETOS PAGAREM.. KD O ICE BIBA??
Aline carvalho coelho 22/10/2013
Querida mãe Esthéfane vivo uma luta mmmto parecida e ciente da falta de suporte sendo q o plano e pago sem atrasos mas vida humana parece nao ser prioridade para rede pública e particular...e poderes do Brasil nada cobram....gritos q ecoam e voltam p nos mesmos. Além de inúmeras danos q refletem no nosso dia a dia...estou me tratando pois o difícil suporte e do plano particular acaba "adoentando " toda a família no aspecto pessoal e trazendo transtornos no profissional....QUE DEUS NOS FORTALEÇA E NAO PERMITA Q Desistir.....
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