DA REDAÇÃO
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Cuiabá, que apura supostos desvios de recursos públicos da Santa Casa de Misericórdia, iniciou a fase de oitivas nessa quarta-feira (23).
No total, quatro pessoas foram ouvidas. Trata-se de José Sabino do Centro de Oncologia e Radioterapia Carlos Eduardo do Gastro Centro, Daniel Teixeira do Laboratório Carlos Chagas e o gestor financeiro e administrativo da Santa Casa, Daniel Pereira.
“Ouvimos alguns representantes das empresas terceirizadas, ouvimos o administrador atual, capitão Daniel que muito gentilmente atendeu ao pedido de ir para a Santa Casa tentar ajudar e resguardar os funcionários. A gente vê muita preocupação com o total de dívidas e dinheiros que tem hoje. Tudo será levantado e passaremos para a sociedade o que aconteceu”, explica Luís Claudio, membro da CPI.
Segundo o médico José Sabino, um dos problemas mais difíceis é a falta de repasse dos serviços prestados pelos servidores.
“O problema que começou a se agravar do final de 2017 para agora, foi a falta de repasses da Santa Casa para os serviços que eram prestados pelos médicos dentro da Santa Casa, ou seja, não recebíamos e continuamos trabalhando”, finaliza.
O administrador Daniel Pereira explicou que mesmo o Estado tomando frente dos trabalhos e pagando os funcionários, a Santa Casa ainda possui muitos débitos trabalhistas.
”Estamos apurando e verificando todo o dinheiro que entrou na Santa Casa e como ela ficou com uma dívida tão grande, gerando uma crise sem precedente”, explicou.
A CPI da Santa Casa foi criada em março deste ano com a anuência dos 25 vereadores. Além de Veloso, também fazem parte do grupo os vereadores Luís Cláudio (PP) como relator e Toninho de Souza (PSD) como membro titular.