DA REDAÇÃO
Em 12 meses deverá funcionar em Cuiabá a Central de Abastecimento do Estado de Mato Grosso (Ceasa-MT). A expectativa é de colocar o empreendimento de comercialização de produtos agropecuários e hortifrutigranjeiros em ação pouco antes dos jogos da Copa do Mundo, em julho de 2014. O local para a construção do Ceasa será definido nas próximas semanas. Pode ser às margens da rodovia dos Imigrantes, na saída do Distrito Industrial, ou no Rodoanel, trecho em construção que compreende as BRs 070, 364 e 163, que contorna a capital mato-grossense.
De acordo com o superintendente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf/MT), Baltazar Ulrich, em agosto será aberto processo de licitação pública para a obra, orçada em R$ 150 milhões. A obra será dividida em duas etapas. A primeira, para a construção de espaços que abriguem a produção agrícola dos pequenos produtores, um miniatacado voltado à atender os médios consumidores como do segmento de hotéis e restaurantes, e uma central de embalagem. A segunda etapa, consiste na construção de um shopping, de um atacado de flores, de um Centro de Distribuição de grandes varejistas, e também câmeras frigoríficas para abrigar frutas, peixes e carnes.
No total, a Central de Abastecimento ocupará uma área de 100 hectares, com 64 mil metros quadrados de área construída. A expectativa é de que passem diariamente pelo empreendimento cerca de quatro mil caminhões. “A empresa vencedora do processo de licitação de construção da obra terá 30 anos de uso de porte do grande atacadista. Já os demais espaços, o Governo do Estado é quem irá administrar”, explica o superintendente de Desenvolvimento Rural da Sedraf.
A meta do Governo do Estado é fazer com que Mato Grosso seja também ponto de parada da produção agropecuária e hortifrutigranjeira dos estados do norte do País, e de países vizinhos como Peru e Bolívia. “Toda a produção da agricultura orgânica do nosso estado, dos estados do norte e dos países vizinhos como Chile e Argentina passa por Cuiabá em direção ao sudeste. De lá, essa produção volta para nós com preços maiores devido ao custo do frete e também do ICMS”, acrescenta Ulrich.
A lei de criação da Ceasa, publicada no Diário Oficial da última quinta-feira (16), determina que a mesma seja administrada por um Conselho de Administração, composto por três membros indicados pelo acionista majoritário e por uma Diretoria Executiva, constituída de um diretor-presidente e dois diretores, indicados pelo acionista majoritário, preferencialmente, entre profissionais com certificação para o exercício da atividade.
Participação de Consórcios
Para integrar a produção de hortifrutigranjeiros e de flores de todo o estado ao Ceasa, os prefeitos dos 15 Consórcios Intermunicipais serão convocados para escolher um município de cada consórcio para servir de central de recolhimento da produção orgânica regional. A cidade a ser escolhida servirá de ponto de partida para o envio da produção dos municípios dos Consórcios à Central de Abastecimento.