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Cuiabá, 12 de Julho de 2025
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10 de Outubro de 2013, 14h:47 - A | A

CIDADES / CORRIDA CONTRA O TEMPO

Às vésperas do Enem, estudantes "têm que se virar" durante greve

Membro do Sintep orienta alunos a manterem os estudos em dia mesmo durante a paralisação, que já dura 2 meses.

VINÍCIUS LEMOS



Na tentativa de minimizar o impacto que a greve dos professores estaduais terá sob seus estudos, a adolescente Maria Clara Borges, 16 anos, adotou métodos para não ser prejudicada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado em 26 e 27 deste mês.

Ela faz parte dos milhares de alunos do Estado que foram afetados pela paralisação, que completa dois meses nesta quinta-feira (10). A jovem acredita ter sido bastante prejudicada pelas paralisações.

“Não estou tendo o conteúdo que deveria e isso vai afetar bastante o meu desempenho”, relata. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), 75% das escolas estaduais de Mato Grosso ainda estão em greve.

Maria Clara pretende cursar Agronomia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A adolescente estuda na Escola Estadual Elmaz Gataz Monteiro, localizada em Várzea Grande. “Eu e meus colegas de classe compartilhamos vídeos de aulas através do Facebook. Quando assistimos a algo que achamos interessante, mandamos o link para que os outros possam estudar também”, conta.

A estudante apoia a paralisação dos professores, porém, se sente prejudicada com o movimento. “A greve é superjusta. Todos devemos lutar pelos nossos direitos. Mas o problema é que os alunos acabam sendo prejudicados por causa disso”.

REPOSIÇÃO DE AULAS

O secretário de Comunicação do Sintep, Gilmar Soares, disse ao Repórter MT as aulas perdidas serão repostas, para que seja cumprido o calendário escolar. “Quando a greve terminar, teremos de ter aulas aos sábados e nos feriados”. A previsão é de que as aulas, correspondentes ao ano de 2013, terminem apenas no primeiro trimestre de 2014”.

Gilmar orienta que os alunos devem continuar estudando durante a greve. “Os estudantes que prestarão o Enem, e estudam em escolas que aderiram à paralisação, deverão criar métodos próprios de estudos”, afirmou Soares, que também falou sobre o exame nacional. “As escolas não vivem em função do Enem”.

A estudante Maria Clara espera que a paralisação chegue logo ao fim. “Eu quero que a greve termine o quanto antes, para que eu possa ver um pouco mais do conteúdo. Não me importo que ela se encerre na próxima semana, pouco tempo antes do Enem [que ocorrerá nos dias 26 e 27 de outubro]”.

 

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