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Cuiabá, 23 de Maio de 2025
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31 de Outubro de 2012, 18h:14 - A | A

CIDADES / "PAI PRA TODA OBRA"

Após 7 anos investigando por conta própria, empresário acha estuprador da filha

O empresário descobriu que o acusado, Alexandre de Oliveira, 34 anos, preso pela Interpol, tinha deixado um filho no Brasil antes de fugir para Portugal.

TERRA



Um empresário de Birigui, no interior de São Paulo, investigou por conta própria e conseguiu fazer com que a Interpol prendesse, em Lisboa, Portugal, o homem que teria estuprado sua filha de 17 anos. O crime ocorreu em julho de 2005, na cidade paulista. A moça foi rendida por dois criminosos quando namorava dentro do carro, na avenida 9 de julho, uma das principais da cidade. Além de assaltar, os bandidos levaram o casal para uma rua distante e um deles estuprou a jovem na frente do namorado.


Sem qualquer condenação, o caso tinha sido arquivado em 2007 pela polícia brasileira, mas a insistência do pai da moça levou a Polícia Civil a reabrir o caso, em 2009. O empresário descobriu que o acusado, Alexandre de Oliveira, 34 anos, preso pela Interpol, tinha deixado um filho no Brasil antes de fugir para Portugal.


"Pedimos a reabertura do caso porque poderíamos checar, com um exame de DNA, o material colhido da vítima após o crime (estupro) com o do filho do acusado", relatou o advogado Sebastião Rodrigues dos Santos. O exame foi feito e foi constatado que o material era mesmo do pai do garoto, mas a comprovação só pode ser feita porque a mulher de Alexandre, que estava sendo ameaçada por ele, autorizou a realização do exame.


"Ele ameaçava a mulher porque queria levar o filho para Portugal, onde já tinha casado de novo e feito outro filho", contou Santos. No dia 18 de outubro, agentes da Interpol conseguiram prender Oliveira, que trabalhava numa agência de publicidade de Lisboa. A prisão só foi revelada agora pela família da vítima. "O pedido de prisão preventiva, com validade até 2042, saiu ainda em julho de 2010, mas a prisão só foi efetivada neste mês porque o acusado vivia mudando de casa, pois sabia que era procurado pela polícia", disse Santos.


"Foi uma das principais dificuldades, porque ele trocou três vezes de residência", afirmou o empresário. Oliveira chegou a ser detido com outros dois suspeitos logo após o crime, mas a vítima não o reconheceu, embora tenha identificado a voz - ele tinha roubado um celular dela -, o que não foi suficiente para justificar sua prisão. Além disso, a polícia não realizou nenhum teste para checar o material recolhido na ocasião. Dias depois, os três foram liberados e o processo foi praticamente arquivado.


"Este crime ia cair no esquecimento, mas nós conseguimos continuar investigando e enfrentando adversidades e sofrimento. Até que identificamos um dos seus autores, justamente o que molestou minha filha", disse o pai da vítima. "Fui buscar informações em pontos de tráfico, conversei com criminosos e informantes e batalhei muito na periferia da cidade. Só consegui porque os personagens deste mundo não gostam de quem pratica esse tipo de delito", salientou.


Trauma e depressão


Segundo o pai da menina, o maior sofrimento foi o trauma deixado na família. "Minha filha entrou em depressão, largou os estudos, enfrentou crises de pânico e chegou a dormir com uma faca sob o travesseiro com medo de ser atacada de novo. Minha mulher também ficou doente. Nossa família sofreu muito", desabafou. A tarefa agora é identificar o outro autor do crime e esperar a extradição de Oliveira para o Brasil. "O apelido dele é Estrangeiro e ele tem outros estupros nas costas. Esperamos que, chegando ao Brasil, possam aparecer novas vítimas para condená-lo a mais de 30 anos de cadeia. 

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Sebastião 01/11/2012

Já que o safado foi preso na época, um simples exame de corpo de delito resolveria o caso, já que encontraria material (semem) do indivíduo na moça. O que não dá pra acatar é saber que o simples roubo do celular da moça não foi motivo para manter o bandido preso. Este é o país das leis brandas, da impunidade. Parabéns ao pai que teve a coragem de fazer o papel da polícia e chegar até o bandido. Agora é esperar, que o que é dele tá guardado na cadeia pra onde ele for. Se tem uma coisa que os presos não perdoam é bandido estuprador. Tomara que agora a moça possa retomar sua vida e se curar (pelo menos um pouco mais) desse trauma.

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Gustavo 01/11/2012

"invesvtigando"?! e o pior é que esse erro está aí desde ontem! vcs mudaram a posição da matéria e não o corrigiram! Redação: gratos pelo aviso

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2 comentários