DA REDAÇÃO
O empresário Alan Malouf fechou um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) pelo qual será obrigado a devolver R$ 5,5 milhões aos cofres públicos. Apenas em um dos esquemas feitos pelo grupo criminoso do qual ele fazia parte, instalado na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), foram fraudados contratos em um total de R$ 56 milhões.
Durante a campanha de 2014 de Pedro Taques (PSDB) ao Governo do Estado, quando o tucano foi eleito, Malouf era um dos coordenadores financeiros. Ele ajudou a formatar um esquema de caixa 2 no qual foram investidos pelo menos R$ 7 milhões em valores ilegais.
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Para recuperar os valores “investidos” na campanha, Alan Malouf e outros empresários se uniram ao então secretário de Educação, Permínio Pinto, para fraudar contratos de reforma e construção de escolas públicas em Mato Grosso.
RpMT/Reprodução
Ministro Marco Aurélio homologou delação de Alan Malouf.
No acordo homologado pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), Malouf concordou em devolver os R$ 5,5 milhões divididos em 10 parcelas. Ele terminará de pagar os valores apenas em dezembro de 2022, daqui a pouco mais de quatro anos.
“Parágrafo quarto: A complementação do valor da multa e o pagamento da indenização por danos morais serão realizados nas seguintes datas e valores: 31.07.2018 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.12.2018 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.07.2019 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.12.2019 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.07.2020 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.12.2020 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.07.2021 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.12.2021 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.07.2022 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais); 31.12.2022 - R$ 212.000,00 (duzentos e doze mil reais)”, diz trecho do acordo.
Pena de 15 anos
Com relação às sentenças judiciais, o empresário só poderá ser condenado a até 15 anos, sendo que nenhuma parte das penas pode ser cumprida em regime fechado, ou seja, na cadeia. Alan Malouf já foi condenado a 11 anos de prisão pela juíza, hoje aposentada, Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em uma ação da terceira fase da Operação Rêmora.
Atualmente, ele está em liberdade monitorada, com uso de tornozeleira eletrônica. O acordo estabelece que ele só poderá cumprir sete meses “regime fechado diferenciado (prisão domiciliar), com utilização de monitoramento eletrônico”. Deste tempo, ainda pode ser diminuído o tempo em que ele já ficou preso em casa. Malouf irá cumprir um ano e cinco meses em regime semiaberto – com tornozeleira – e mais 13 anos em regime aberto.
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José Brasil 25/10/2018
Entendo que a matéria está equivocada... não foram desviados R$ 56 MILHÕES... esse era o valor total de obras que seriam realizadas pela SEDUC no estado, porém um dos empreiteiros denunciou ao GAECO logo no início e a operação foi deflagrada... os envolvidos presos na época (Geovani, Permínio, Malouf...) chegaram a desviar 500 mil reais, que eram cobrados dos empreiteiros para que estes recebessem as medições das obras... Em lugar algum do processo é afirmado que desviaram R$ 56 MILHÕES, pois as obras seriam realizadas e os criminosos desviariam ao final no máximo 5% desse valor, ou seja, R$ 2.800.000,00... O valor cobrado do Maluf é referente a esta operação (Rêmora), a operação SEVEN e o Caixa 02.
Contribuinte de impostos 24/10/2018
Mais uma prova que o crime de colarinho branco é o melhor negócio. Este crime tem costas quentes...Nada de ruim acontece...O cara rouba 100 e devolve 10. ...Divide 20 com os costas quentes e guarda o restante para curtir, depois da curta temporada no xilindró.
ANTONIO CARLOS BRASIL 24/10/2018
Vergonha ...vergonha ...vergonha...se fosse em um país sério ...com leis fortes .,. Estaria em uma praça pública de joelhos ...e o resto vcs sabem ...mas aqui ...o cara rouba e só devolve uma pequena parte ....uma vergonha
3 comentários