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Cuiabá, 31 de Agosto de 2024
31 de Agosto de 2024

20 de Outubro de 2010, 18h:08 - A | A

VARIEDADES /

MT vive o ‘dia D’ para o fim da crise do gás natural

Diario de Cuiabá



MARIANNA PERES
Da Editoria


Uma comitiva mato-grossense embarca hoje, no final da tarde, com destino a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com um único objetivo: pôr fim à crise do gás natural em Mato Grosso. O encontro marcado para amanhã, será na sede da estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos, a partir das 8h. O governador Silval Barbosa, em sua primeira viagem internacional após assumir o Estado em 31 de março deste ano, lidera as negociações em prol do restabelecimento, por parte do governo boliviano, do suprimento de gás natural ao Estado e a conseqüente reativação da usina térmica de Cuiabá, como de todo mercado que gira em torno desta matriz, como abastecimentos veicular e industrial, e a prestação de serviços como as oficinas convertedoras de carros a gás.

O encontro contará com as presenças do ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas e seus técnicos, do governador Silval Barbosa, do ex-governador do Estado, Blairo Maggi, do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, do secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, do ex-chefe do Escritório do Governo em Brasília, Jefersson de Castro e do diretor-presidente da Pantanal Energia, controladora da usina térmica Mário Covas, Fábio Garcia.

“Vamos para esta viagem com a expectativa de encerrar definitivamente todas as etapas das negociações referentes à retomada do fornecimento de gás ao Estado junto ao governo da Bolívia”, frisa o governador. Como completa o secretário Nadaf, foram inúmeros encontros e reuniões ao longo dos últimos meses para que “chegássemos a este momento. O dia ‘D’”.

A reativação do mercado de gás no Estado – que obrigatoriamente passa pela ativação da usina térmica, a maior consumidora do gás em Mato Grosso – mobilizou agentes estaduais e da União para se chegar a uma solução definitiva.

AVAL – A solução definitiva acordada entre Estado e União é a entrada da Petrobras no mercado local. A estatal brasileira concorda em ser fornecedora de gás ao Estado, mas depende do aval boliviano para que um aditivo seja incluído ao contrato de compra e venda de gás já estabelecido entre Petrobras e YPFB. Atualmente, a estatal nacional detém um contrato que assegura a recepção de 31 milhões de metros cúbicos ao dia e somente cerca de 2 milhões a 2,8 milhões de metros cúbicos é que serão enviados ao Estado. Apesar de ser uma questão de logística da Petrobras, a estatal aguarda desde maio pelo aval boliviano.

ENERGIA - Para Fábio Garcia a crise “está com os dias contados”. Como aponta, mais do que garantir o sucesso do mercado do gás natural no Estado, o acionamento das turbinas da Mário Covas, asseguram a recepção de uma energia confiável ao mato-grossense. Nesta época do ano, o sistema elétrico local fica vulnerável às intempéries e as interrupções no fornecimento de energia tornam-se constantes, como frisa a própria concessionária, a Cemat. “A Baixada Cuiabana é a região mais suscetível à falta de luz. Se a usina estivesse em operação, por exemplo, aliviaria a sobrecarga, principalmente, da subestação do Coxipó. Mais que isso, os megawatts gerados pela térmica podem reforçar o sistema interligado nacional e assim, contribuir para um melhor planejamento energético pelo Operador Nacional do Sistema, o ONS, ou seja, para o país". A usina funcionando em ciclo combinado de gás e vapor pode gerar até 520 megawatts, carga suficiente para atender a 70% da demanda mato-grossense.

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