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Cuiabá, 07 de Maio de 2024
07 de Maio de 2024

28 de Outubro de 2011, 13h:02 - A | A

VARIEDADES / SEXO DELIVERY

Garotas vendem corpo pela Internet e faturam alto

Elas anunciam em sites especializados em divulgação dos serviços

ANDRÉ MICHELLS



A profissão mais antiga do mundo nunca foi tão cultuada como hoje. O sexo, em troca de dinheiro e até de favores, vem cada vez mais ganhando espaço e se tornando algo comum na sociedade moderna. O que se via, antes nas telinhas, telonas e prostíbulos, agora, se vê com facilidade no bar da esquina.


No início do mês o RepórterMT  flagrou uma cena constrangedora em um dos points mais movimentados da Capital, o Bar do Azeitona, onde um garçom estaria fazendo a vez de agenciador de garotas para clientes, uma exposição desnecessária já que, não é de hoje, há sites em Cuiabá especializados neste tipo serviço. É o sexo delivery. As garotas, rapazes e travestis, atendem motéis, hotéis e, claro, em domicílio. Basta abrir um site, escolher no "cardápio", ligar e marcar hora e local.

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O esquema funciona da seguinte forma: todas as meninas oferecidas nos sites têm um celular de contato e, claro, um nome fantasia. Algumas são estudantes de universidades e fazem programas para pagar os estudos; as famílias, em outras cidades ou estados, nem desconfiam.


O cliente escolhe pelas fotos, dispostas todas em poses pra lá de sensuais, mas, na maioria das vezes, com o rosto coberto. O interessado, então, marca hora e local e, a garota, correndo um sério risco de emboscada, se apresenta como combinado.  O RepórterMT entrou em contado com algumas profissionais do sexo. Os preços variam entre R$ 150 e R$ 300 - dependendo do nível de beleza.


A profissional Júlia (nome fictício), de 22 anos, conta que já passou por maus bocados na profissão, mas que vale a pena o risco pelo dinheiro que ganha, R$ 200 por programa. Ela chega a ganhar R$ 7 mil por mês.  Mas nem tudo é festa. Júlia disse que já apanhou de um cliente, que não queria pagar pelo serviço. “Ele me bateu tanto que desmaiei; quando acordei estava sozinha no quarto e ainda tive que pagar a conta do motel”, confidenciou.


Dayse e Bruno, ambos de 25 anos, são namorados e fazem programas para ganhar a vida. O casal conta que já foi à Europa e Estados Unidos nos últimos dois anos. Tudo pago com dinheiro ganho na cama. “Além de viajar bastante, também já temos um bom apartamento no litoral (não quiseram revelar onde) e dois carros; tudo quitado com dinheiro do sexo”, dizem.  Ciúme? Segundo o casal, a palavra não consta em seus dicionários.  “Estamos nisso por dinheiro e, no tempo certo, vamos parar e morar numa bela casa de praia”, dizem.  Apesar do “trabalho” em comum, os dois têm um pacto; nunca perguntar como foi o dia de cada um. A ideia é justamente não dar espaço para o ciúme entrar, segundo o casal. Além disso, jamais transar sem camisinha.


Rúbia, 24 anos, trabalha como garota de programa há quatro anos. Ela veio do interior de São Paulo para Cuiabá. Em princípio, trabalhava em um shopping da Capital, como vendedora.  Com 1,78 m e cabelos loiros, foi incentivada por uma colega a fazer programas para melhorar a renda, que não passava de R$ 900 por mês no shopping. Hoje, Rúbia não quer nem se lembrar da vida que levava atrás de um balcão.


 “Atendo gente de todo tipo; já tive problemas sim, mas compensa. Tiro em torno de R$ 9 mil por mês e já comprei casa, carro, e montei uma empresa para minha irmã; ela toca com minha mãe e as duas sabem tudo o que eu faço”, admite.  Rúbia disse que costuma cobrar até R$ 300 dependendo do cliente. “A primeira vez cobro mais caro; se eu gostar e o cara virar freguês, a gente renegocia o preço”, diz.


VIDA NA RUA


Mas se há glamour e grana por um lado, por outro há solidão e desespero. Na rua há mais de dois anos, Miriam, de 23 anos, já aparenta ter pelo menos 30. Ela conta que tem dois filhos e, ao ser abandonada pelo marido, foi obrigada a se prostituir, já que não tinha profissão e, trabalhando de forma convencional, não conseguia, sequer, um salário mínimo de renda. Ela trabalha nas ruas e não faz anúncio em sites nem jornais.


“Era impossível cuidar dos meninos com o que ganhava, foi quando uma amiga me colocou nesse ramo. É ruim, não gosto, mas consigo ganhar R$ 2 mil por mês”. Ela conta que, com o que ganha já pôde se mudar para uma casa melhor e começou a estudar. “Quero sair dessa vida”, diz.


Miriam já apanhou na rua, foi assaltada e até esfaqueada, mas disse prefere continuar até terminar o curso que faz e poder trabalhar de forma segura e tranquila.


O mercado se expande e, nem mesmo o risco de doenças como AIDS e Hepatite, afugentam clientes e profissionais. Os entrevistados garantem que realizam exames periódicos e, nunca, em hipótese alguma, fazem sexo sem camisinha, apesar da insistência por parte de alguns clientes.  Não há estatísticas oficiais sobre o número de profissionais do sexo em Cuiabá, mas em apenas um site, que oferece garotas, foram contadas mais de 100 pessoas oferendo os serviços.  


No www.garotascentrooeste.com.br  há, inclusive, um comunicado dos donos sobre um suposto concorrente que estaria usando seu nome; “Existem pessoas utilizando o nome do site Garotas Centro Oeste indevidamente e sem autorização. Os únicos responsáveis pelo site são Arthur e Eliane. O telefone para contato é somente o que está no site para contato. Avisamos ainda que o site não foi e não será vendido. E que não temos nenhuma ligação com o site Acompanhantes Cuiabá. Obrigado”. 


Além deste, há em Cuiabá, outros dois sites oferecendo garotas.  acompanhantescuiaba.com.br  e  vip.acompanhantescuiaba.com.br


Os sites citados não agenciam as garotas, apenas servem como instrumento de divulgação das pessoas que prestam o serviço de “acompanhantes”.  Para anunciar no classificado do sexo, as garotas, garotos, gays, lésbicas, travestis e transexuais, devem ser comprovadamente maiores de 18 anos.


O RepórterMT tentou contato com os donos dos sites, mas nem por telefone, nem por e-mail obteve respostas.


Leia também: Garçom agencia garotas de programa para clientes no Bar do Azeitona

Comente esta notícia

EDUARDO RAMOS BASTOS 20/02/2013

NOTA DEZ PRA ESSAS GAROTAS DE PROGRAMAS,AGORA JA TA SENDO OFICIALIZADO PROFISSÃO DO SEXO,JA TEM UMA LEI,JA ERA PRA TER SIDO APROVADA OMTEM,HOJE JÁ E PROISSÃO.ELEA DÃO O QUE É DE LAS,É OPICIONAL,VALEU GAROTAS VÃO ENFRENTE

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luciano tomio 03/10/2012

quero uma mulher para casal em casa

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Fernando Carbalho 26/06/2012

Prostituição sempre sera visto como polemica, mas no meu ver não vejo nada de mais. É apenas sexo! Novo site de acompanhantes da cidade! acesse http://garotascuiabavip.wix.com/garotascuiaba#!abertura/mainPage

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Acompanhantes BH 02/02/2012

Matéria interessante, Aqui em BH ja temos alguns eemplos comO citei acima.

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Neto 30/10/2011

Propagando.. "vou sair dessa vida" Essas putas, são como Noiados..não amam nem à si mesmos. Vivem uma vida louca..de drogas e sexo, tem sempre o mesmo fim. A doença ou o vicio.

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sem nome 28/10/2011

toda profiçao tem que respeitada,essa e uma das profiçao mais antiga do mundo, tras felesidade para nos

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Nayara Takahara 28/10/2011

Interessantíssima a matéria. As redes sociais existem para conectar pessoas e interesses. No entanto, usuários as utilizam para fins inimagináveis. Tema da minha monografia. Obrigada.

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Pedro 28/10/2011

Pior é q tem até barangas ganhando dinheiro assim,,, e tem gente q gosta né.. o lance é q é td muito sigiloso e esse tipo de garota, no dia seguinte nao liga cobrando atençao.. bao demais...

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Julio Bedalio 28/10/2011

Bela reportagem.. parabéns ao reportermt. o duro é q pode incentivar algumas a entrarem nessa tbm. ehhehehehe...

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taradao 28/10/2011

Afe maria que foto em... deu até agua na boca

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13 comentários

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