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Cuiabá, 11 de Setembro de 2025
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10 de Julho de 2013, 14h:42 - A | A

POLÍTICA / TENSÃO NA ASSEMBLEIA

Deputados trocam farpas com Luciane e sessão é marcada por "bate-boca"

Relatório da CPI do MT Saúde e caso de agressão contra Dilmar Dal'Bosco nas eleições para prefeito de Juara criam clima de represálias entre Luciane Bezerra, Walter Rabello, Emanuel Pinheiro e o deputado José Riva

RENAN MARCEL, da Redação



A primeira sessão ordinária dessa quarta-feira (10) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) foi marcada por uma verdadeira “lavação de roupa suja” entre os deputados. O relatório extra da deputada Luciane Bezerra (PSB) sobre a CPI do MT Saúde e episódio de agressão contra o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) no final de semana em Juara foram os assuntos que motivaram o bate-boca.

Como não esteve presente nas sessões da semana passada, a deputada Luciane Bezerra utilizou a Tribuna para rechaçar, com apontamentos jurídicos, os argumentos do presidente e do relator da CPI do MT Saúde, Walter Rabello (PSD) e Emanuel Pinheiro (PR), respectivamente. Eles defenderam o “relatório morno” do progressista na semana passada e atacaram o relatório da socialista.

Na ocasião, Pinheiro disse que a deputada teria usado a CPI com interesses políticos  e que o relatório de Luciane não tinha “fundamentação teórica”. Já o deputado Walter Rabello utilizou a oportunidade para citar as polêmicas contratações envolvendo familiares da deputada na Prefeitura de Cuiabá. Os filhos de Luciane são acusados de serem funcionários fantasmas. (Veja AQUI e AQUI)

Os dois deputados argumentaram ainda que, no relatório de Luciane, ficou faltando o direito de ampla defesa dos indiciados.

A deputada fez um relatório mais punitivo, indicando o indiciamento de 18 pessoas e, entre elas, estão o ex-secretário de Administração do governo de Silval Barbosa, César Zílio e o ex-presidente do Plano e ex-diretor da extinta Agecopa, Yuri Bastos. Apesar de ter sido ignorado pela CPI, Luciane deve encaminhar o relatório ao Ministério Público ainda nesta quarta-feira (10).

Já o relator da Comissão, o deputado Emanuel Pinheiro, pediu o indiciamento de apenas quatro pessoas: pessoas (o ex-presidente Gelson Ésio Smorcinski e 3 sócios das empresas Open Saúde e Saúde Samaritano como os responsáveis pela falência do sistema).

No plenário, a deputada se defendeu: “O próprio Supremo Tribunal Federal já emitiu parecer de que numa CPI, não há necessidade de se observar direito da ampla defesa. A CPI é um procedimento investigatório. Assim, não se anula uma CPI se o investigado não tiver emitido o direito de ampla defesa”. A defesa tem réplica e tréplica dos deputados em questão, que mantiveram o posicionamento.

Agressão em Juara

A bordunada que o ex-prefeito de Juara e marido da deputada Luciane Bezerra, Oscar Bezerra, desferiu contra o deputado Dilmar Dal’Bosco também ajudou a esquentar o clima na Casa de Leis, que deve ter outra sessão nesta quarta-feira, a partir das 17h.

Dessa vez, o presidente afastado da Assembleia, deputado José Riva (PSD) saiu em defesa do deputado agredido e lembrou os outros casos de violência envolvendo Oscar Bezerra. O ex-prefeito coleciona encrencas por diversas cidades do interior de Mato Grosso. Para Riva esse caso só ganhou mais notoriedade por se tratar de um parlamentar: “E os outros em que o Oscar já bateu? Tem vereador, médico e funcionário de prefeitura”, lembrou o deputado.

Riva também não perdeu a chance de alfinetar a deputada sobre a denúncia envolvendo os filhos dela. “Causa muita estranheza alguém que não pode e não é da área da medicina ganhar R$ 5 mil enquanto vem médicos aqui protestar por ganhar R$ 2 mil”, disparou. Ele citou ainda as eleições do Município de Juara, alegando que foi fortemente hostilizado durante a disputa, mesmo fazendo questão de permanecer “ausente” do processo.

Em resposta a deputada simplesmente ameaçou listar os nomes de funcionários da própria Assembleia que trabalham cinco horas e ganham R$ 5 mil. Ambos, no entanto, chegaram a um consenso: a deputada e o seu marido são pessoas diferentes, que devem responder por seus atos separadamente.

 

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